sábado, 7 de abril de 2012

Natanael mudou de ideia...

Natanael é o mesmo Bartolomeu chamado ao apostolado do Cristo. Nosso trabalho, neste sábado, 7 de abril, enfocou o encontro de Natanael/Bartolomeu com o Cristo, que o vira antes que Filipe o chamasse quando estava debaixo da figueira. O diálogo, que reuniu, além dos coordenadores Francisco Muniz e Maria Luiza, os companheiros Fernando, Ana Beatriz, Ilca, Lígia, Maria do Carmo, Egnaldo, Vlaquíria, Waldelice, Magali e Regina (perto do final Edward se reuniria ao grupo), teve início a partir desta pergunta: "Como me sinto sabendo que estou sempre sendo observado?" e do teor do livro "Missionários da luz" (André Luiz/Chico Xavier). Ao longo da conversa, também foram lembrados tópicos da obra "O evangelho gnóstico de Tomé" (Hermínio C. Miranda)* e dos evangelhos sinóticos, como o "vigiai e orai" proclamado por Jesus e o aviso do apóstolo Paulo segundo o qual "nós estamos rodeados por uma nuvem de testemunhas".
Assim foi que comentamos a ação dos Espíritos junto aos encarnados, especialmente no tocante ao exercício mediúnico, apontando que somos observados, através dos amigos invisíveis, pelo próprio Cristo. Nesse aspecto consideramos ainda as influências perniciosas a que os encarnados estamos afeitos ocasionalmente como decorrência dessa observação sobre nossos atos.

Praticamente todos os presentes fizeram seus comentários a respeito do tema proposto e vamos aqui destacar alguns depoimentos, como o de Fernando, que considera bastante proveitoso e alentador o saber ser observado, argumentando que quem não deve, não teme. Essa consciência, disse, serve muitas vezes como freio necessário, pois, se não fosse isso, certamente continuaria praticando as atrocidades de antes... Mas foi Valquíria quem primeiro citou a consciência como o principal observador de nossos atos, sendo a instância, segundo ela, que baliza nosso comportamento. Maria Luiza recordou a responsabilidade que temos ao observarmo-nos uns aos outros, citando um episódio familiar envolvendo sua netinha Júlia, que ainda vai completar um ano de idade.
Regina afirmou que esse conhecimento possibilita compreender a vida espiritual, revelando a necessidade do desapego à condição material. Egnaldo, em sua segunda (ou terceira) intervenção, apontou para a necessidade de se gostar do que se faz como forma de conquistar amigos. Lígia condicionou essa observação a um estímulo para a prática do bem, a partir da auto-observação. Já Edward opinou no sentido da necessidade de se seguir o Cristo, apesar das pedradas.
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* "Seus discípulos interrogaram-no, dizendo: - Queres que jejuemos? Como deveremos orar? Devemos dar esmolas? E que normas observaremos ao comer? Jesus disse: - Não mintam e não façam aquilo que é odioso, porque tudo será desvelado perante o Céu. Nada há, como efeito, oculto que não venha a tornar-se manifesto, e nada encoberto que permaneça sem ser descoberto." (Este trecho corresponderia à indagação dos coordenadores sobre para que somos observados.)
"Jesus disse: - Aquele que procura não cesse de procurar até quando encontrar; e quando encontrar, ficará perturbado; e ao perturbar-se, ficará maravilhado e reinará sobre o Todo." (Esta passagem de Tomé explicaria tanto a incredulidade de Bartolomeu ao ser informado sobre o Cristo ["De Nazaré pode sair alguma coisa boa?"] quanto sua perplexidade ao defrontar-se com o Mestre ["Senhor, tu és o Filho de Deus"], fazendo com que logo mudasse de opinião a respeito de Jesus...)


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