domingo, 15 de abril de 2012

A despedida de Natanael...

...Ou de Bartolomeu, tanto faz.
Apesar das incessantes indagações elaborada na postagem anterior, que deveriam balizar as discussões no trabalho de sábado, 14 de abril, a conversa com os integrantes do Cristo versou sobre uma outra questão: "Somos capazes de mudar de opinião, modificando conceitos pessoais, em função de um trabalho coletivo, ou queremos que tudo e todos girem à nossa volta?"
Uma das razões para essa mudança de rumo é o reconhecimento de que nosso amigo Bartolomeu deu uma volta de 180 graus em suas convicções ao confrontar-se com Jesus e saber que estava sendo observado a distância e após ter questionado Filipe sobre se de Nazaré podia sair algo bom. Imediatamente ele se corrige perante o Cristo, afirmando que Jesus era o Filho de Deus, reconhecendo nele o Messias. Esse, portanto, foi o ponto de partida de nossas reflexões, das quais participaram Jaciara, Marilene, Marilda, Valquíria, Lígia, Iva, Bia, Egnaldo, Ilca, Regina, Fernando, Railza, Fernanda, Quito, Magali e Carminha.
Para aprofundar um pouco mais a atividade, a Coordenação citou passagem do Evangelho de Tomé na qual Jesus oferece o seguinte ensinamento: "Aquele que procura não cesse de procurar até quando encontrar; e quando encontrar, ficará perturbado; e ao perturbar-se, ficará maravilhado e reinará sobre o Todo". Ponderou-se que tal ensino refere-se às etapas de despertamento do ser até atingir consciência de si mesmo em dimensão cósmica, posto que o que se busca é a si mesmo, significando que, com a experiência espírita, convidando-nos ao autoconhecimento e nos revelando a verdade da reencarnação e das vidas passadas, encontramo-nos presentemente na fase da perturbação, estímulo para alcançarmos a consequente etapa do maravilhamento.
Iniciando os comentários, Quito disse que, em resposta à questão proposta, ainda prejulgamos, posto vivermos em determinado ambiente mental que achamos ser o único. Valquíria ponderou ser capaz de mudar de opinião, desde que tenha suficiente firmeza, revelando não ser uma "maria-vai-com-as-outras". Railza considerou o tempo psicológico em que nos movimentamos para justificar a quase incapacidade de manifestarmos convicções firmes. Nesse sentido, Iva propôs uma reflexão pertinente: "o que é que eu quero no Grupo Jesus de Nazaré?", afirmando que há cinco anos tinha um nível de maturidade e hoje tem outro.
Então se falou bastante sobre os objetivos de cada um no tocante ao compromisso com a Causa e com a Casa, em razão do que Regina declarou que cada sábado na convivência com o grupo acrescenta mais a sua busca. Jaciara, que havia se orientado pelas questões explicitadas na postagem anterior, ressaltou que os citados questionamentos refletem a inquietação coletiva, que não tinha espaço para ser colocada em função de uma metodologia de certo modo rígida, diferente dos termos em que o diálogo de sábado se processou. "O grupo é um oásis onde venho beber, uma fonte de crescimento e suporte; estou onde gostaria de estar, mas não quero ser chamada para nada", disse ela, referindo-se à característica original do Grupo Jesus de Nazaré, criado há cerca de 30 anos para capacitar os trabalhadores da Cobem com vistas a formar até mesmo palestrantes.
Retomando a palavra, Railza recordou parte das colocações da Coordenação, sobre se cada integrante se deixa renovar pelos ensinamentos exarados no Grupo ou se faz deste uma extensão de sua casa, trazendo seus pensamentos cristalizados e vícios... Segundo ela, o Grupo é uma extensão de sua casa "porque aqui estou mais próxima de minha essência". Jaciara também lembrou que estar no grupo é uma escolha individual, o que nos faz perceber ser preciso observar os critérios de participação, especialmente o tocante à sempre necessária disciplina. Finalizando, Quito resumiu o modo como devemos encarar o aprendizado: "A Casa e a Doutrina nos dão régua e compasso!"

***

Com o encerramento das conversas sobre o comportamento de Bartolomeu, agora as atenções do Grupo vão se voltar para a figura do apóstolo Filipe. Estudemos.

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