sábado, 24 de março de 2012

"Protocletos"

O "palavrão" do título significa, em grego, o primeiro a ser chamado, condição que cabe ao apóstolo André, que teve a primazia de iniciar o colégio dos doze constituído por Jesus. Com esse espírito começamos nossas atividades deste sábado no Grupo Jesus de Nazaré, convidando os participantes para considerar e responder esta pergunta: "Em algumas situações da vida você é o primeiro a ser chamado. Como você procede?", com base tanto no aprendizado quanto nas próprias experiências.
Desta vez a frequência foi menor, em relação ao sábado anterior, estando presentes, além dos coordenadores Francisco e Maria Luiza, Railza, Carminha, Regina, Lígia, Jaciara, Roberto, Eliene, Iva, Bia, Waldelice, Fernanda, Fernando, Egnaldo, Isabel e Marilda. Antes da formação das duplas (formou-se também um trio) para as reflexões partilhadas, a Coordenação procedeu à leitura do texto do EADE.
Eis as conclusões individuais:

Eliene recordou o momento da reencarnação, quando disse "sim" a um processo doloroso afirmando que é preciso sair da zona de conforto, sendo necessária a aceitação; depois, referiu-se à chegada dos filhos, outros espíritos de volta à Terra, vendo tudo como novidade desde que aceitou a tarefa com vistas ao aprendizado - esse algo novo, segundo disse, pode ser um desafio e seu comportamento ora é de aceitação, ora de recusa, posto que costuma questionar algumas coisas; finalmente, declarou que todos os chamados são sempre o primeiro...

Egnaldo referiu-se ao chamado da Doutrina Espírita para a manifestação de práticas solidárias. (Depois que outras pessoas já haviam explanado, ele complementou sua fala dizendo que o ideal é não esperarmos nenhum chamado, mas tomarmos a iniciativa...)

Roberto considerou o chamado para formação da família, exigindo responsabilidade, razão pela qual muitos fogem...

Regina, por sua vez, declarou que o chamado são os desafios da atualidade. Também ela comentou a reencarnação sofrida, acrescentando que tem recebido convites da Vida dos quais não pode fugir.

Jaciara explicou que, apesar de muitas vezes sobrecarregas pelos deveres, atende mais aos chamados materiais - os do espírito, contudo, costuma fazer de conta que não é com ela, de modo que quer entender por que isso acontece.

Bia revelou ter preguiça espiritual tanto quanto física, o que a impede de atender aos convites da alma. Quando os problemas parecem maiores que os habituais, disse, ela costuma retrair-se, como que paralisada. Mas sabe que é chamada e acusa o cansaço para não responder...

Iva disse ser requisitava de várias formas: para atender, estar alerta, ajudar... Há algo em nós - palavras dela - que faz com que sejamos chamados; ela também revelou que uma presumida autoridade moral propicia os chamados, desde que haja disponibilidade íntima para servir.

Railza, sempre muito sincera - escrachadamente sincera - pontuou que muitas vezes se esconde dos chamados, lembrando que, no início, as tarefas eram pesadas, difíceis mesmo; ela resiste o quanto pode, conforme salientou, mas termina se envolvendo nas questões e afirmou que não queria nem mesmo reencarnar, porque "sabia" o que a esperava aqui; tinha medo das circunstâncias de sua provação e se fosse por sua vontade as escolhas recairiam na tranquilidade de um shopping center, buscando mesmo as facilidades da vida, em vez de atender aos "chamados violentos"...

No fechamento, a Coordenação focalizou alguns pontos do Evangelho e dos comentários de Egnaldo e Railza para configurar o chamado do Cristo ao espírito imortal, com base nas parábolas de Jesus, especialmente a do festim de bodas (Mateus, 22:1 a 14) e a dos dois filhos (Mateus, 21:28-31)...

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