A atividade de sábado, dia 10 de setembro, tentou seguir o seguinte roteiro:
1. Prece;
2. Desenvolvimento;
2.1. Falar um pouco da dinâmica da prece e da condução eletroquímica do pensamento e da participação do sentimento na oração;
2.2. Solicitar que todos deem contribuição para o entendimento do assunto;
3. Fechamento;
4. Prece final.
No entanto, abrimos um parêntese, logo no início, para comentarmos um fato que tem provocado incômodo no grupo. Trata-se das saídas intempestivas de alguns companheiros para reuniões de outros setores da Cobem. Além do incômodo, concordamos que há também prejuízo, especialmente para os retirantes, que ficam sem a parte mais valiosa (teoricamente) do estudo do dia, que é a conclusão; para os que ficam, há a perturbação momentânea, impedindo a concentração.
Em razão disso, os coordenadores solicitaram aos integrantes que oferecessem subsídios para as reivindicações feitas à Coordenação de Grupos de Estudo, o que estimulou um proveitoso diálogo, embora alguns companheiros preferissem justificar tanto a atitude dos dirigentes de outros setores que marcam suas reuniões no horário de funcionamento do "Jesus de Nazaré" quanto o próprio comportamento no atendimento de tais solicitações, o que é compreensível e inquestionável, mas a proposta era a de apenas colhermos sugestões com vistas a compatibilizar essas necessidades sem provocar desarmonia no grupo.
Desse modo, todos concordamos em observar três pontos, a partir das opiniões emitidas por cada um (os que fizeram uso da palavra: Jaciara, Eliene, Marilene, Carminha, Edward, Frank, Valquíria, Fernando, Railza, Isabel, Iva, Magali, Maria Luiza e Waldelice):
1 - levar o descontentamento do grupo à Coordenação de Grupos de Estudo com propostas de harmonização com vistas à compatibilidade dos horários;
2 - conscientizar os participantes acerca do modo como sair da sala durante a realização das atividades; e
3 - identificação, por parte dos companheiros, das prioridades eleitas em relação às próprias necessidades de esclarecimento ou aperfeiçoamento e ao compromisso assumido com o Grupo Jesus de Nazaré.
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Além dos companheiros já citados, estavam presentes também ao estudo de sábado Roberto, Cláudia, Fernanda, Egnaldo e Lígia, mais o coordenador Francisco Muniz.
Retomado o roteiro do trabalho, fizemos a leitura do texto do EADE sobre o valor da oração, obtendo importantes reflexões pelo diálogo estabelecido, antes da realização das abordagens vivencial e teórica, nas próximas semanas. E antes da conclusão da atividade foi lido também o primeiro tópico das "Instruções dos Espíritos" do capítulo XXVII de O Evangelho Segundo o Espiritismo ("Pedi e obtereis"), mensagem do Espírito V. Monod intitulada "Modo de orar". E também contamos esta historinha com a finalidade de facilitar tanto o entendimento quanto o direcionamento das reflexões: "Certa vez dois anjos, um novato e outro mais velho, desceram à Terra para ajudar mais diretamente aos homens em nome do Senhor. Do alto, divisaram, em pontos diferentes de uma auto-estrada, dois automóveis parados, com defeito, e os dois motoristas em apuros: um deles concentrou-se numa oração, pedindo a Deus que o tirasse da dificuldade fazendo o motor do carro voltar a funcionar; o outro, ao contrário, queixa-se e xingava, revoltado, enquanto abria o porta-malas do automóvel para retirar as ferramentas com que pretendia identificar o defeito e saná-lo. O anjo mais velho falou: "Vamos ajudar àquele!" Justamente o que blasfemava. O novato, intrigado, quis saber por que auxiliar ao revoltado em vez do outro, que implorava a ajuda dos Céus. O anjo sábio explicou: "Porque ele está se esforçando".
A partir das orientações, indagamos sobre o que é a oração e o que é orar, como se processa em nós a ação de ligação com a Divindade pelo pensamento, como resultado de algo de que se tem necessidade.
Segundo Railza, trata-se de um processo de reestruturação interna com vista à própria cura, uma vez que estamos todos enfermos. Egnaldo, a seu turno, disse ser a oração a busca pelo equilíbrio.
Fechando os comentários, lembramos do caráter positivo do Espiritismo, que nos convida à fé raciocinada a fim de compreendermos as lições evangélicas, especialmente, no presente caso, aquela em que Jesus nos ensina ser necessário não só orar como também vigiar, a fim de não recairmos nas antigas tentações da ignorância, da fé cega, dos impulsos agressivos do ego. Raciocinando assim logramos até mesmo afastar de nossos contatos com o Criador o caráter místico em que a prece ainda se vê envolvida, levando-nos mais um pouco ao progresso espiritual por sabermos aliar à força do pensamento o necessário sentimento da fé sólida que faz com que as orações saiam de nossa esfera pessoal, egóica, e suba aos altiplanos celestiais, predispondo-nos ao real atendimento de nossos pedidos, conforme as orientações evangélicas e espíritas.