O trabalho do sábado, dia 11, começou com um pequeno ritual do lava-pés, feito pelos coordenadores, para simbolizar o sentido da lição sobre os versículos 24 a 28 do capítulo 20 do Evangelho de Mateus ("Os chefes devem servir", conforme A Bíblia de Jerusalém).
Fizeram-se presentes Iva, Fernanda, Fernando, Ilca, Lígia, Valquíria, Egnaldo, Regina, Waldelice, Carminha Sampaio, Roberto, Quito, Railza, Isabel, Sinedite (que não ficou), Cláudia (que saiu depois para outra reunião), Edward e MArilene, além de um visitante, Marcos.
Feito o lava-pés, procedeu-se à leitura da passagem evangélica e inquiriu-se das pessoas qual o sentimento experimentado ante o ritual em razão do texto, dando a palavra a apenas cinco delas:
Regina salientou a alegria, dizendo que a água em seus pés foi um bálsamo que lhe provocou uma gostosa sensação de alívio.
Egnaldo acusou também uma sensação agradável.
Waldelice, igualmente, sentiu conforto, recordando a época em que Jesus procedeu dessa forma com seus apóstolos, dando exemplo de humildade para nós.
Iva sentiu-se feliz por participar desse banquete, razão pela qual demonstrou seu agradecimento.
Railza, também ressaltando o exemplo de humildade, declarou sentir-se privilegiada.
O visitante Marcos pediu a palavra para salientar ainda a lição de humildade.
Depois, os participantes constituíram os subgrupos para comentar esta consigna: "Tenho me comportado como chefe ou como servidor?"
Após esse exercício, foi distribuído o texto-síntese (abaixo) e, após lido e comentado ainda nos subgrupos, passamos à partilha final.
A respeito, Egnaldo declarou que adora mandar e não gosta de trabalhar em grupo, o que, segundo avalia, pode ser medo de mostrar suas falhas. Railza considerou que exerce o mando sem que o outro perceba, assumindo que nasceu para chefiar, ser o gestor, mas aquele do tipo que escuta, administra os conflitos e aos poucos comanda o grupo, servindo nessa condição. Os demais afirmaram que alternam as duas posições em diversas situações da vida prática, dizendo, por exemplo, serem servidores no trabalho e chefe em casa. Nesse sentido, o visitante Marcos reparou que o próprio Jesus demonstrou em vários momentos ser chefe e servidor ao mesmo tempo.
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Os chefes devem servir
(Mt 20:24-28)
“Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.” (Jesus)
Para compreendermos a extensão dos ensinamentos de Jesus relativamente ao serviço, é necessário reportamo-nos à humildade como condição indispensável, haja vista que o serviço conforme estabelece o Cristo é o convite à ação fraterna, solidária, desapegada em favor do próximo. Desse modo, o Homem não integralmente evangelizado se verá impossibilitado de ser um efetivo servidor por estar ainda marcado pelo orgulho, chaga esta que vem a ser a antítese da humildade. “As pessoas, embora possuindo grande inteligência, talento e capacidade, se não são amáveis e educadas no falar e no proceder, nada têm a oferecer aos outros”, pondera o Espírito Irmão Jerônimo, mentor do C. E. Deus, Luz e Verdade. Sobre tais pessoas, diz ele que “dificilmente terão êxito na vida”, posto que “o essencial portanto é a verdadeira humildade da alma”.
Existem, efetivamente, mil e uma maneiras de servir ao próximo, exercitando desse modo as virtudes que encontrarão na humildade o seu corolário, como pré-requisito para a prática da verdadeira caridade. Segundo o benfeitor espiritual Emmanuel, “quem já esteja entesourando a humildade não se afaste do orgulhoso, conferindo-lhe, com o exemplo, os elementos indispensáveis ao reajuste”. Nesse propósito de bem servir, o exemplo será sempre o cartão de visitas daquele que pretenda se ornar com os valores do Homem de Bem propagado por Allan Kardec. O Cristo, a esse respeito, é o primeiro nome a ser lembrado e, como guia e modelo da Humanidade, está ainda hoje repetindo seu convite para seguirmos seu exemplo, em cumprimento da regra de ouro: “O que você quer para si mesmo, faça primeiramente ao outro”.
Assim sendo, o modo como pensamos, sentimos, falamos e fazemos deve estar impregnado do efeito desse apelo evangélico, uma vez que todas as nossas ações, nesses quatro aspectos de nossa personalidade, passam a fazer parte de nosso ser. “Não esqueçamos que tudo que falamos fica gravado”, avisa Irmão Jerônimo. “O inconsciente é como um gravador ligado, que guarda na fita não só a voz da pessoa que fala, mas os ruídos que por acaso estejam em volta. Tudo fica armazenado”, diz, apontando em seguida o caminho mais correto a seguir: “Com humildade, teu laboratório mental estará renovado, uma nova luz brilhará e a paz infinita te envolverá em profunda alegria, porque onde há luz não existe sombra”.
Fontes:
Xavier, Francisco Cândido. Fonte Viva (pelo Espírito Emmanuel). FEB.
Santana, Bernadete de Oliveira. Liberta-te (Pelo Espírito Irmão Jerônimo). CEDLV.
Kardec, Allan. O Evangelho Segundo Espiritismo. FEB.
_________. O Livro dos Espíritos. FEB.
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