domingo, 6 de junho de 2010

Posturas educativas

Conforme o roteiro elaborado na quarta-feira, o trabalho do sábado desenvolveu-se normalmente, mas enriquecido pela colaboração da coordenadora Creuza Lage, que introduziu um exercício vivencial que fez os participantes compreenderem melhor a lição 47 de "Jesus no Lar".
Os subgrupos formaram-se com leve diferença em relação à semana passada, em virtude da ausência de alguns integrantes e da chegada tardia de outros. Desta vez tivemos a participação de Taís. Eis os grupos:
1 - Railza, Quito, Bonfim, Edward e Waldelice;
2 - Egnaldo, Fernando, Fernanda, Magali e Cláudia;
3 - Maria do Carmo Sampaio, Eliene, Taís, Iva e Isabel;
4 - Faraildes, Lígia, Valquíria, Roberto, Sinedite e Jaciara.

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Para os comentários, inscreveram-se Edward, Isabel e Fernanda. Segundo Edward, deixamos de ser indulgentes em nossa tarefa de educadores quando perdemos a paciência e já não há amor ao próximo, quando não percebemos nem respeitamos o momento do outro, quando enxergamos o cisco no olho dele e não vemos a trave no nosso. Entretanto, disse, estamos fazendo as tentativas necessárias.
Para Isabel, não somos indulgentes quando nos colocamos como donos da verdade. É preciso, disse ela, dar o exemplo, fazendo com que o outro se modifique a partir da compreensão de como nos transformamos.
Fernanda também concorda com os pontos de vista dos companheiros acima e salienta que não há indulgência quando não observamos o esforço do outro e procuramnos impor nossa condição.

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Após essa partilha, procedemos ao exercício sugerido por Creuza, consistindo na confrontação dos participantes, em pares, para troca de impressões a partir da proposta de se colocarem primeiro na condição de educandos e, depois, na de educadores, com a seguinte consigna: no primeiro momento o "educando" expõe seus problemas, o "educador" ouve e só depois oferece algum conselho.

Abertos os comentários pertinentes a essa atividade, Eliene ressaltou a importância do exemplo, colocando que antes de querermos modificar os outros é preciso usar o "martelo" em nós mesmos, referindo-se à primeira parte do trabalho. Quanto ao exercício, ela falou que foi mais educadora que educanda, mas "é uma experiência fantástica colocar-se no lugar do outro".
Bomfim, por sua vez, salientou que a atividade mostrou uma situação comum ao educador, que é o diálogo entre mestre e aprendiz.
Carminha lembrou-se de quando seu companheiro estava doente e ela dava-lhe apoio e todo carinho com vistas à recuperação da saúde, incluindo aí as mensagens de incentivo. Quando chegou a vez dela, esperou receber igual tratamento e não o obteve. Mas encontrou no livro Jesus no Lar a compreensão de que tudo estava nela mesma, "lá dentro". Teve de repetir a leitura para a necessária conscientização. Foram momentos de conturbação, disse, revelando que os olhos de sua neta foram os instrumentos para esse entendimento.
Já Egnaldo ressaltou o estabelecimento do diálogo, afirmando que não se sentiu só reivindicando e que lhe chamou a atenção o instrumental para se atingir esse objetivo.
Por sua vez, Iva recordou sua formação de educadora salientando que, como tal, sempre seguiu o ritmo do diálogo, ouvindo sem atrapalhar a fala do outro. Depois, no exercício, na posição de educanda, reparou que quis ser a salvadora da pátria, embora não se visse como "martelo", mas com o desejo sincero de ajudar.

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No fechamento, Creuza começou com esta pergunta talvez retórica ao grupo: "em que papel me senti melhor?", referindo-se ao exercício proposto. Aproveitando a deixa, Fernando relatou uma experiência pessoal na qual Divaldo Franco teve participação providencial.
Ela frisou a indulgência como mote da lição e reafirmou a necessidade de paciência e amor no trato das questões alheias.
Para sermos educadores, disse, pensamos que só temos de analisar e oferecer palavras bonitas - e isso não é caridade. Caridade, diz Creuza, é usar amor para dizer "não" na hora certa, para utilizar a lixa, o martelo e a enxó quando necessário. "Mas nós não gostamos dessas coisas", ponderou, aduzindo que preferimos muito mais que nos passem a mão pela cabeça.
Ainda de acordo com ela, a lição do "Educador conturbado" faz lembrar a fala de Jesus que nos pede não turbarmos nosso coração, mas que observemos nosso comportamento, principalmente lembrando da existência do Educador Maior, o Cristo, cujos exemplos e ensinos devemos incluir em nossa vida. "Como educadores, sejamos indulgentes e não rigorosos para com os outros", concluiu.

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