As atividades do sábado foram marcadas pela menor participação dos integrantes do Jesus de Nazaré, talvez em função dos jogos da Copa do Mundo, talvez por causa das reuniões setoriais realizada na Casa de Oração Bezerra de Menezes nesse dia. Mas a coordenadora Creuza Lage, que teve sua reunião transferida, pode comparecer. Além dos coordenadores, estavam presentes Quito, Fernanda, Fernando, Iva, Roberto, Faraildes, Lígia, Regina, Maria do Carmo Sampaio, Egnaldo, Valquíria, Isabel, Magali, Waldelice, Marilda e Bonfim.
O trabalho seguiu conforme o roteiro, sob a condução de Maria Luiza, após a meditação e prece por Chico Muniz.
As palavras e expressões colocadas à disposição dos participantes, após a leitura e análise da lição 48 de "Jesus no lar", foram estas: pântano, lamaçal, árvore nua e pessegueiros em flor, representativas das situações criadas pelo Espírito Neio Lúcio.
Iniciada a partilha voluntária, Bonfim, que tirou a palavra "pântano", disse se sentir nessa condição quando invigilante, julgando, censurando e cometendo outros deslizes, mas aberto à "chuva divina" que quando nele cai provoca primeiro a vergonha, depois se recompõe e encontra força para levantar e agir, servindo sempre. A finalidade de cada reencarnção, disse, é o serviço, que faculta a aquisição de virtudes.
Fernanda ("lamaçal") revelou ter tido a impressão de estar no início do aprendizado ao analisar a lição. Segundo ela, muito do que tem aprendido no grupo já consegue praticar, ao ponto de sua família já perceber diferenças em seu comportamento. "Trabalho com afinco esperando o desabrochar dos lírios", completou.
Marilda ("pessegueiro em flor") só se sente assim aos sábados, quando está no grupo, conforme explicou,ou quando está manifestando o que aprendeu. É bom, disse, quando pode transmitir o que tem estudado e em razão disso contou uma experiência bem-sucedida em seu ambienbte de trabalho profissional.
Waldelice, por sua vez, retirou a expressão "árvore nua" e ela, que chegou quando o trabalho já estava iniciado, primeiro achou estranho, mas buscando o texto no livro disse ter entendido o que seria o bem futuro. Explicou ser uma pessoa sem conhecimentos, sem muito para dar e busca na Doutrina Espírita esses recursos para partilhar, de modo que a árvore que ela é vai refolhar e florir, conforme disse.
Já Iva tinha se identificado, antes do desenvolvimento das tarefas, com o "pessegueiro", mas tendo tirado o papel inscrito "pântano" ponderou que tal condição não é tão má, pois se vê com muitas qualidades. A "chuva" é que a ajuda a se purificar, no entendimento dos "martelos" ao lado. Ela sabe, segundo disse, que a "chuva divina" vem para o burilamento interior, uma vez que o objetivo é a transformação.
Egnaldo ("árvore nua") sintetizou sua opinião num poema:
"O homem só é como
árvore nua
sem folhas,
sem fruto
é mero espectro
de um ser de luto
nua, desnuda
carente de tudo
de carinhos
cuidados
de água e
adubo
desertos
se formam
pela devastação
são árvores abatidas
a virarem carvão
plantemos e semeemos
boas sementes
amando, amando
as flores e os pântanos"
Roberto ("lamaçal") lembrou Leonardo da Vinci, que via arte em tudo. Para ele, é necessário olhar a vida assim, aceitando a realidade e persistindo no melhoramento.
A seu turno, Regina ("pessegueiro em flor") declarou que neste momento de sua vida passa por um processo de burilamento, intensificando sua proposta de servir a Deus nas grandes como nas pequenas coisas, para que as flores de seu esforço sejam frutos um dia.
E Valquíria ("pessegueiro") comentou que a flor tem paciência para esperar o fruto, sendo esta uma necessidade do momento.
Creuza chamou a atenção para o simbolismo da lição revelando que a "chuva divina" são os ensinamentos do Cristo e os recursos da divindade postos à disposição dos homens, que os recebem de acordo com a condição evolutiva de cada um. Todos nós, disse ela, somos ora "pântano", ora "lamaçal", ora "árvore nua", ora "pessegueiro em flor". O problema é que julgamos o a situação do outro. Com os familiares, queremos que eles sejam "pessegueiros em flor" e nos incomodamos quando se mostram "pântano" e "lamaçal". No entanto, segundo Creuza, não temos de nos preocupar com o resultado dos outros, mas com a resposta que damos à "chuva divina", uma vez que "pântano", "lamaçal" ew "árvore nua" são condições de quem não acolhe o outro. Precisamos semear sempre, mas o resultado pertence a cada um, completou.
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