quinta-feira, 26 de julho de 2018

"A fé não costuma falhar..."

No sábado que passou - dia 21 deste mês de julho - tivemos a apresentação de Eliene sobre a fé, tema que suscitou profundas reflexões por parte dos integrantes do "Jesus de Nazaré". Além dela e deste escriba, dublê de Coordenador, também se fizeram presentes Waldelice, Cláudia, Magali, Iva, Augusta, Bonfim - que veio dar apoio a Eliene, sua esposa - Fernandom Marilene, Railza, Isabel, Egnaldo, Bia, Valquíria, Eliete e Cristiane. Para começo de tudo, Eliene introduziu - de chofre - a consigna: "O que pé a fé?", informando, nesse momento, que a fé é preciosa, esclarecedora e incisiva. Em seguida, distribuiu papel para que os participantes registrassem as respostas individualmente, permitindo que os interessados se manifestassem quando quisessem.
Desse modo, Fernando considerou que "para mim, não é duvidar, não é descrer, não é vacilar; é ser persistente, prosseguir na luta convicto do êxito final"; como exemplo, este companheiro citou "o ambiente de fraternidade e simplicidade, como aquele em que Jesus se reunia com os apóstolos na casa de Pedro". Waldelice, contudo, declarou que a fé "é a certeza de Deus em mim", ao passo que Bia afirmou ser "o sentimento otimista de que algo dará certo, por haver algo maio que nos dirige, que é Deus, é a Providência Divina"; entretanto, ela salientou que "às vezes eu me sinto como São Tomé", referindo o apóstolo de Jesus que manifestou incredulidade quanto à ressurreição do Mestre.
Falando a seguir, Egnaldo ressaltou que a fé "é acreditar, é aceitar, promover a paz"; para ele, "nada é mais consistente que trazer a si os valores positivos". Valquíria foi mais incisiva e reparou que a fé "é acreditar, esperar e agir". Já Marilene declarou não saber definir a fé", que, conforme entende, "é entrega, trabalhando". E Bonfim assegurou ser a fé "a certeza de receber o que pedimos, sendo justo, em condições de assumir [o que for dado]". Por seu turno, Railza comentou ser a fé "uma construção de minhas experiências passadas", mas afirmou também não saber definir: "É algo que não tenho muito", disse, acrescentando que "quando tenho um objetivo, eu persisto, mas vou devagar, sem me entregar totalmente".
"[A fé] É o sentimento que me impulsiona, que dá sentido à vida e me estimula a trabalhar para superar obstáculos", resumiu Cristiane. Para Isabel, "é a parte em mim que vacila ao buscar o encontro com Deus, em quem confio". Eliete, por sua vez, considerou que "é ver em minha mente a presença de Jesus, quando tenho a força e a coragem que eu chamo de fé".

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Finda essa parte dos comentários, Eliene falou dos níveis da fé, baseando suas palavras nos escritos de Huberto Rohden e Carlos Torres Pastorino, e apontou a fé emocional (ou sentimental), a física, a intelectual (racional) e a espiritual. Ela também apontou a condição das crianças em sua facilidade de acreditar nos adultos e observou que na quarta fase a fé se apresenta como confiança irrestrita no Poder Supremo. Disse ainda que, conforme Pastorino, "a dúvida é o pior veneno para a criatura", e fez considerações sobre a manifestação da fé: "Pedir é da condição material; agradecer e agir são da alma". Por fim, citou exemplos de fé no Evangelho, sublinhando a mulher hemorroíssa, o centurião e o episódio da cura do jovem lunático.
Depois, ela distribuiu um texto com a "história do trapezista", trazida da obra de Huberto Rohden (texto abaixo) e deste autor citou esta frase: "Quem tem inteireza de fé domina tudo". E então fez a última pergunta do trabalho: "O que é mesmo a fé?", oferecendo ela mesma uma possibilidade de resposta: "É nossa transformação por acreditar".
Nesse momento, Iva pediu a palavra e expôs que "fé é confiança; exige perseverança, mobilização e vontade firme; é ser fiel a mim mesma!" E, fechando o ciclo dos depoimentos, Bonfim afirmou ter sido "desde cedo, chamado à correção", o que se acentuou na vida militar; segundo declarou, sentiu sua fé vacilar "na hora em que tive de me submeter a uma cirurgia cardíaca", ocasião em que resolveu apelar por ajuda, recebendo resposta favorável; o mesmo se deu quando precisou lidar com um tumor, episódio que superou, segundo disse, "graças à confiança em Bezerra de Menezes".

"Quando eu quero falar com Deus..."

Não, não é da música de Roberto Carlos que vamos falar neste sábado, dia 28 de julho, mas do principal recurso que a Divindade nos concedeu para entrarmos em contato com o Criador, numa conversa íntima que tem várias finalidades, sendo a principal delas proporcionar conforto espiritual nos momentos de angústia ou infortúnio. Sim, falamos da prece, foco do trabalho que Cristiane e Cláudia vão apresentar, continuando o ciclo das atividade previstas para o primeiro semestre deste ano. Assim, compareçamos para aprender mais um pouquinho e melhor colaborarmos com o esforço dessas companheiras e, mais ainda, com os Emissários do Senhor que querem cooperar mais estreitamente conosco, em nome da bondade do Pai com vistas ao nosso desenvolvimento moral.


quinta-feira, 19 de julho de 2018

Meu mundo em paz

O trabalho do sábado, dia 14 de julho, foi realizado por Waldelice, que abordou a questão da paz e obteve uma participação quase maciça dos participantes de "Jesus de Nazaré". Estávamos presentes, além dela e deste Coordenador-dublê de escriba, Isabel, Eliete, Magali, Iva, Bia, Marilene, Cristiane, Valquíria, Jaciara, Egnaldo, Regina, Lígia, Quito, Cláudia, Eliene, Nilza, Luiza, Fernando, Marilda, Augusta e Atiston, que nos visitava e informou estar ali por Eliete, de quem se considera um filho.
Para começo de conversa, Waldelice fez tocar a música "A paz", na voz de Zizi Possi,, pedindo a atenção da turma para a letra dessa composição de Gilberto Gil. Em seguida, ela distribuiu cópias do texto "Sobre a paz", mensagem (íntegra abaixo) do Espírito Emmanuel transmitida a Chico Xavier, para reflexão inicial, e então introduziu esta consigna: "Qual é a minha contribuição para a paz no mundo?"
Então foi aberta a primeira partilha e Quito considerou que a paz começa "em mim". Já Marilene afirmou que, ao ouvir a música, deu-se conta de que "só a guerra faz nosso amor em paz" e observou: "Para eu contribuir com a paz no mundo preciso me transformar, através de uma guerra interna, [combatendo] meus bichos íntimos"; segundo ela, esses "bichos" são seus defeitos e modificando-os em qualidades "essa paz vai reverberar no mundo".
Eliene, por sua vez, declarou que o tema da atividade correspondeu ao que ela viveu no primeiro semestre - e pediu desculpas por ter faltado nos três últimos meses -, ressaltando ter trabalhado a paz na família: "Foi um período importante, porque senti que a família precisava muito de minha colaboração"; ela também fez menção à beligerância e falou que "se a guerra começou, precisamos trabalhar a paz", salientando que seu esforço familiar resultou positivo: "A paz se estabeleceu na família e não podemos esperar que ela venha de fora", disse.
Em seguida, Jaciara comentou ter se lembrado da música de Nando Cordel, para quem "a paz do mundo começa em mim", e salientou ter tido experiências nas quais "me vejo pacificando ao redor"; conforme disse, "quando o mundo está pegando fogo e tenho vontade de estourar, [já] consigo parar e refletir"; a companheira também observou que certa frase da mensagem de Emmanuel remete a sua condição de jornalista profissional e criticou "o quanto exacerbamos os fatos, principalmente nas redes sociais".
Depois falou Eliete, declarando ter passado recentemente por um período em que precisou exercitar a paz "mais ainda"; ela contou que, em momentos assim, o melhor que faz é chegar à janela e conversar com Deus: "Então eu me tranquilizo perante os problemas"; a companheira citou uma frase do texto de Emmanuel e salientou que "se eu ficar nervosa, não poderei ajudar nem a mim nem aos outros", frisando que "as pessoas precisam da minha tranquilidade e da minha compreensão - é um exercício pessoal", completou.
Para Regina, o refrão da música tocada sempre mereceu sua observação, por enfatizar a contradição do comportamento humano: "Os lamentos e ais [necessários] para se encontrar a paz"; segundo ela, "ficamos na zona de conforto, nos vitimizando, mas só agora me sinto em estado de paz, exercitando na família e com os amigos". Já Egnaldo revelou ser "muito pouca" sua contribuição, "porque quando vimos o exemplo das crianças na caverna [na Tailândia] senti que não valho nada, pois poderia ajudar de alguma forma"; dizendo-se impotente ante a questão dos imigrantes indesejados na Europa, afirmou que "nós temos o sentimento [desejo] de fazer o bem, mas, efetivamente, o que fazemos?" - questionou; o companheiro encerrou sua fala dizendo que "meu comportamento é o de orar, sendo solidário com todos, para somar e desenvolver o sentimento de paz".
Isabel, por sua vez, recordou texto da epístola do apóstolo Tiago referente à guerra silenciosa e afirmou buscar a paz pelo exercício da paciência, pelo equilíbrio e pela vivência das experiências em meio às vicissitudes da vida material, "principalmente na família; mesmo estando ainda longe, busco", salientou, acrescentando que "com a paz temos amor, saúde, alegria..." Em seguida, Valquíria pontuou que "no lar é onde nos desnudamos e precisamos viver os conflitos; nestes tempos de transição, é imperioso vivenciarmos a paz; nós é que não vivemos em paz", disse.
"A paz existe dentro de nós", obtemperou Iva, salientando que "precisamos ter ação para ativá-la"; segundo ela, "perdemos a calma com o outro por não entendermos o que ele quer". Magali, a seu turno, recordou a primeira estrofe da canção gilbertiana e afirmou que "o vento de um tufão" seria como "o materialismo que sufoca em nós o germe das coisas boas". Sentindo-se à vontade para também comentar, Ariston começou sua fala citando à sua maneira uma frase do apóstolo Paulo de Tarso: "Aquilo que quero fazer não faço, mas o que não quero fazer ainda faço", e referiu episódio envolvendo sua namorada. Por fim, Fernando ressaltou que "uma de minhas alegrias é quando consigo domar minhas más qualidades", experimentando assim um pouco de paz.

Na segunda parte do trabalho, Waldelice distribuiu um texto ("A parábola da paz perfeita" - transcrita abaixo) para abordagem em subgrupos e, já finalizando a atividade, contou que antigo colega seu, do trabalho profissional, dizia que o lugar preferido dele era o Carnaval; "mas um dia, em meio à folia, deu-se conta de que aquilo não fazia sentido e se perguntou: o que estou fazendo aqui? foi embora e buscou Deus através de uma religião"; segundo ela, isso quer dizer que, ao contrário do que pretendem algumas pessoas, não é possível encontrar a paz no tumulto. Fechando tudo, ela vez ouvir de novo a música de Gilberto Gil e por fim uma prece de agradecimento envolveu os participantes.

Sobre a paz
(Emmanuel)

Todos nós queremos a paz, porém, que fazemos para sustentá-la?
Comecemos, pois, a sublime edificação no âmago de nós mesmos.
Não transmitas o alarme da crítica, nem estendas o fogo da crueldade.
Reafirma o compromisso de servir, silenciando sempre onde não possas agir em socorro do próximo.
A paz não é inércia, é esforço, devotamento, trabalho e vigilância incessante a serviço do bem.
Para que a paz se faça na senda em que marchamos, é preciso que, à custa de nosso próprio esforço, se faça a paz em nós, a fim de que possamos irradiá-la em tudo, no amparo vivo aos outros.
Sejam quais forem as tuas dificuldades, lembra-te de que a paz é a segurança da vida.
Todos anelamos a paz no mundo, no entanto, é imperioso não esquecer que a paz do mundo parte de nós.
Não nos esqueçamos de que na hora da manjedoura as vozes celestiais, após o louvor aos céus, expressavam vozes de paz à terra e, depois da ressurreição, voltando gloriosamente ao convívio das criaturas, antes de qualquer plano de trabalho disse Jesus aos discípulos espantados:
- A paz esteja convoco!

(Do livro Palavras de Vida Eterna, psicografia de Chico Xavier) 

***

A parábola da paz perfeita
(autor desconhecido)


Era uma vez um rei que ofereceu um grande prêmio ao artista que fosse capaz de captar numa pintura a paz perfeita.
Foram muitos os artistas que tentaram. O rei observou e admirou todas as pinturas, mas houve apenas duas de que ele realmente gostou e decidiu que iria escolher entra ambas. A primeira era um lago muto tranquilo. Esse lago era um espelho perfeito onde se refletiam umas plácidas montanhas que o rodeavam.
Sobre elas encontrava-se um céu muito azul com tênues nuvens brancas.
Todos os que olharam para essa pintura pensaram que ela refletia a paz perfeita.
A segunda pintura também tinha montanhas.
Mas estas eram escabrosas e estavam despidas de vegetação.
Sobre elas havia um céu tempestuoso do qual se precipitava um forte aguaceiro com faíscas e trovões. Montanha abaixo parecia retumbar uma espumosa torrente de água. Tudo isso se revelava nada pacífico.
Mas quando o rei observou mais atentamente, reparou que atrás da cascata havia um arbusto crescendo de uma fenda na rocha. Nesse arbusto encontrava-se um ninho. Ali, no meio do ruído da violenta camada de água, estava um passarinho placidamente sentado em seu ninho.
Paz perfeita!
O rei escolheu a segunda pintura e explicou:
- Paz não significa estar num lugar sem ruídos, sem problemas, sem trabalho árduo ou sem dor. Paz significa que, apesar de se estar no meio de tudo isso, permanecemos calmos no nosso coração.
Esse é o verdadeiro significado da paz.

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Consciência tranquila?

"O que eu tenho feito dos recursos que Deus me confiou é bastante para me deixar com a consciência tranquila na hora da prestação de contas?"


Com essa consigna realizamos o trabalho deste sábado no "Jesus de Nazaré", propondo uma avaliação crítica - e de autocrítica - do primeiro semestre deste ano. Para tanto, a Coordenação se valeu das palavras de Allan Kardec grafadas em O Evangelho Segundo o Espiritismo, para quem "o trabalho desenvolve a inteligência e realça a dignidade do homem sempre confiante em poder dizer que ganhou o pão que come". Desse modo criticamos o fato de ninguém ter correspondido à solicitação feita no início de março sobre a apresentação dos trabalho cujos temas foram sorteados na ocasião, revelando, no mínimo, um acentuado comodismo. A Coordenação frisou que o recurso mais importante que a Divindade nos concede é a oportunidade de trabalhar pelo próprio progresso.
Estiveram presentes, além dos coordenadores - Francisco e Isabel -, os companheiros Fernando, Egnaldo, Valquíria, Marilda, Iva, Bia, Augusta, Marilene, Waldelice, Cláudia, Jaime e Nilza.
Após as explicações, a consigna foi distribuída e os integrantes convidados a escolher um parceiro para as análises iniciais, antes da partilha grupal.


Chegada essa fase, Marilene disse não ter a pretensão de, nesta encarnação, "fazer tudo que meu espírito necessita; segundo ela, "quando você assume fazer um trabalho é o primeiro beneficiado, mas não tenho esse tempo", e afirmou que "no grupo, faço o que posso e recebo o que o grupo me dá"; desse modo, ela declarou que "não vou me violentar" e por isso o grupo terá de esperar mais um pouco pelos trabalhos que a companheira - tanto quanto os outros - se comprometeu a apresentar. Para Egnaldo, "quem sou para me avaliar?"; ele disse que isso "é difícil, mas acredito que me encaixo em algum percentual [de trabalho] e a prestação de contas seja positiva"; este companheiro garantiu estar tentando "somar nessa proposta".
Por sua vez, Marilda declarou que "em determinados momentos minha participação deixou a desejar"; ela alegou sentir falta de realizar atividades como antigamente, "porque, quando fazemos isso, nos trabalhamos internamente"; ressaltando que precisa crescer um pouco mais, disse que gostaria de, mais tarde, voltar às apresentações, "para dar retorno ao grupo"; salientou também que "cresço mais quando venho ao trabalho, o que me ajuda nas outras tarefas de minha vida", completando que "em parte, minha consciência está tranquila".
"Tudo tem seu tempo certo", afirmou Augusta, salientando estar grupo "porque a Espiritualidade quer que aqui eu aprenda alguma coisa"; para ela, "tudo que eu levo daqui me serve"; quanto à tranquilidade íntima para a tal prestação de contas, essa companheira explicou que "minha consciência está como deve estar". Já Cláudia é de opinião que "minha consciência, em termos de trabalho [no grupo], ainda precisa se aprimorar"; segundo disse, "no que posso somar, tenho feito isso, como todo mundo"; ela afirmou também que "este grupo é minha terapia" e reconheceu poder "estar dando menos do que a Coordenação quer, mas dou o que posso".
Quanto a Waldelice, esta companheira observou ter a consciência tranquila, porque “venho, me esforço, apesar de minhas várias atividades na Casa, e procuro dar o melhor”. Mas para Fernando, cujo depoimento encerrou os comentários, a resposta para as duas partes da consigna é “não” – e ele justificou: “Ainda deixo muito a desejar”, e citou palavras do Benfeitor Bezerra de Menezes sobre o argumento de se fazer somente o que está ao alcance de cada um; mas o companheiro assegurou estar “aproveitando melhor que ontem” os recursos que lhe foram confiados pela Divindade.