quinta-feira, 11 de maio de 2017

O diabo em mim (em nós?)

A Coordenação começou a atividade do sábado 6 de maio, após a leitura do texto de Boa Nova, dizendo que diábolico é tudo quanto nos afasta de Deus, ao passo que simbólico é o que nos aproxima da Divindade. Desse modo, para a abordagem do tema "A luta contra o mal" (capítulo 7 do livro citado, de autoria do Espírito Humberto de Campos, por Chico Xavier), foram propostas duas consignas aos participantes - Valquíria, Carminha, Quito, Cláudia, Egnaldo, Cristiane, Fernando, Marilene, Iva, Lígia e Maria Augusta, além deste escriba dublê de Coordenador -: 1 - Em que momento o "diabo" se manifesta em sua vida?; e 2 - De que maneira os propósitos evangélicos são contrariados mesmo quando você percebe qual é a principal atividade de sua vida?
Aberta a partilha, depois de breve discussão em duplas, Egnaldo foi sintético, afirmando que as duas questões se evidenciam "quando vivo egoisticamente". Em seguida, Augusta revelou que "o diabo sou eu", porque "há certos momentos em que a gente não muda, por nossas imperfeições"; segundo ela, Jesus é o maior exemplo a se seguir, "mas somos egoístas, e o egoísmo é a chaga da humanidade", completou. "Quando abro a guarda, deixo que o diabo me seduza e convença", explicou Quito, acrescentando que "nosso maior patrimônio são as virtudes", enquanto os vícios são nossa perdição: "O bom é quando reagimos a estes espontaneamente, agindo naturalmente, praticando o bem".
Para Carminha, o diabo aparece "quando o permito": "Se eu estiver vigilante, ele não se manifesta", disse ela, observando, contudo, que "geralmente estamos na invigilância, brigando, chateados com o outro", de modo que o diabo se manifesta constantemente: "Mas permanecermos com ele é que é a decisão a se tomar", ponderou; essa companheira ressaltou, quanto à segunda consigna, que "minha elevação moral é a finalidade de minha vida, mas isso eu contrario porque não estou no patamar da vigilância plena e ainda tropeço, apesar da consciência do que tenho a fazer; tenho a teoria, mas o conceito ainda não desceu ao coração", salientou, propondo esta questão: "Será que queremos mesmo nos livrar de nossos diabos?".
Na vez de Marilene, esta salientou ter a mesma pretensão de Tadeu, personagem que Humberto de Campos destaca em seu texto: "Não faço esforço para conquistar, quero receber de mão beijada", disse, embora reconhecendo ser necessário o empenho para a boa sintonia com o Alto; segundo a companheira, "quando o Mestre curava, dizia que era a fé do outro que o curava; Ele nos dá as ferramentas para que nos qualifiquemos e assim enfrentarmos nossos diabos; mas quando contrariamos as leis divinas, caímos feio!" - completou.
Depois foi Valquíria quem falou, salientando a pressão que sofre no lar sobre sua frequência à Casa Espírita, ao que ela afirma vir "porque preciso melhorar"; de acordo com a companheira, é no lar que tiramos as máscaras sociais, muitas vezes ultrapassando os limites da convivência, "exigindo que o outro melhore, quando a tarefa é nossa"; afinal, argumentou, "o que estamos fazendo aqui?. Nesse momento, Quito fez nova intervenção e admitiu: "O Mestre é a luz e nós somos centelhas".
Por seu turno, Fernando revelou que seus propósitos são os de vivenciar o Espiritismo, "e para isso é imprescindível que eu venha à Cobem"; citando os familiares, ele ressaltou que deve respeitar a escolha dos outros: "Você pode ensinar e dar a melhor orientação, mas o mais eficaz é a exemplificação do que já se aprendeu", salientou. Por fim, Iva esclareceu, provocando ridos, que "vejo-me um diabinho quando assisto a certos programas de TV".

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