sexta-feira, 26 de maio de 2017

Fé e razão

O trabalho de sábado, dia 20 de maio, teve a participação de Cristiane, Marilda, Lígia, Isabel, Iva,
Cláudia, Valquíria, Egnaldo, Fernando, Cristiano, Luiza, E(liene, Waldelice, Railza e este coordenador/escriba. A tarefa - abordagem dos itens 6 e 7 ("A fé religiosa. Condição da fé inabalável") do capítulo XIX ("A fé remove montanhas") de O Evangelho Segundo o Espiritismo - estava sob a condução de Cristiane, que trabalharia com Quito, mas este companheiro teve um comprometimento de saúde e não pode comparecer. Após a leitura do texto em tela, foram distribuídas as duas consignas - uma de cada vez - para análise em duplas: 1 - Como se manifestam a fé cega e a fé raciocinada em mim?; e 2 - De que modo aquilo que acredito saber, pelo estudo do Espiritismo, promove minha convicção acerca do que sou?.
Aberta a partilha, Eliene pediu a palavra e declarou ser a fé algo pessoal, que ela vacila às vezes, quando a fé é cega, e consegue firmar-se quando raciocina; segundo ela, a fé cega é prejudicial, por ser fonte da intolerância e do preconceito. Fernando, falando em seguida, explicou que suas atitudes manifestam um e outro tipo de fé pelas reações às circunstâncias boas ou ruins que enfrenta cotidianamente; ele disse ainda que, no passado, o que admitia como algo ruim era devido ao abandono de Deus; com relação à segunda consigna, o companheiro também apontou as atitudes ordinárias e questionou: "De que adianta acreditar na imortalidade da alma se não manifesto essa crença no dia a dia?".
Para Railza, a fé é raciocinada "quando tenho consciência e ajo em coerência com o que aprendi"; mas afirmou viver os dois momentos, conscientemente, embora tenha internalizado os ensinamentos: "Sou espírita de nascença", disse, acrescentando que esse detalha a ajuda "na hora de revidar": "Consegui amadurecer e transformar muita coisa em mim, mesmo as imperceptíveis; tenho a consciência de que fazer o bem faz bem" - completou, ressaltando não precisar tomar medicamentos, porque o melhor remédio são os ensinos da Doutrina Espírita. Por sua vez, Cláudia considerou manifestar a f é cega "quando começo a colocar a culpa em Deus pelo que me acontece"; hoje, entretanto, avalia ser responsável e tem deixado de fazer essa transferência, agora agradecendo pelas situações vividas: "Busco estudar mais, para ficar mais consciente; busco aceitar o que vem, embora reclame muito; busco a luz na escuridão", asseverou.
"Fé não se impõe", observou Iva, recordando que durante muito tempo "éramos obrigados, na família, a ir à missa": "Hoje tenho fé segura, raciocinada, e minhas atitudes me dão essa condição; tenho fé nos Espíritos", arrematou. Já Marilda salientou ter sua fé construída "ao longo da vida", chegando a uma "ruptura" por conta das contradições religiosas; no entanto, com a experiência espírita, aprendeu a questionar e assim a razão tem sido o subsídio de sua fé, "que só é cega quando duvida do poder celestial", mesmo sabendo que será atendida em suas preces: "Não sei como seria a vida sem esses conhecimentos, sem a fé que ainda é menor que um grão de mostarda", disse.
Egnaldo foi sucinto e declarou que "quem tem fé está em busca da verdade e quem encontra a verdade consolida sua fé". De Luiza ouvimos que a fé não tem religião e que não importa a religião para se ter fé; ela argumentou ter passado por momentos difíceis e pela fé superou todos eles: "Basta o sentimento ligado a Jesus", disse, recordando que, antigamente, a Medicina não dispunha de equipamentos para auxiliar os pacientes: "O equipamento era Deus".
Última a falar, Valquíria garantiu nunca ter manifestado a fé cega e jamais engoliu os dogmas de céu e inferno: "Procurei a razão para me esclarecer, principalmente em vista das lições de Jesus, sendo levada ao Espiritismo, cujo estudo me fez raciocinar sobre o que sou"; para esta companheira, "o que me deu a certeza da fé foi a lei da reencarnação, que me torna responsável pelo que faço". 

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Fé demais ou fé de menos?

Já transitamos. em passado não muito distante, pelos caminhos da fé cega e essa experiência, conquanto ultrapassada em proveito da fé raciocinada, ainda se manifesta em nosso comportamento oscilante e assim nos vemos por vezes acreditando piamente no poder Divino, enquanto em outras ocasiões julgamos ter perdido a fé. Jesus, o Mestre do Espírito, já falava quanto a essa atitude contraditória, afirmando que se tivéssemos a fé do tamanho de um grão de mostarda poderíamos realizar o aparentemente impossível. De lá para cá, recebemos a colaboração das Vozes do Céu e através de Allan Kardec reconhecemos que "fé sólida só o é aquela que pode encarar a razão face a face em qualquer época da humanidade". Esse é o escopo do trabalho que Quito e Cristiane deverão apresentar neste sábado, 20 de maio, aos integrantes do "Jesus de Nazaré", sobre o tema "Fé religiosa - condição da fé inabalável", constante do capítulo XIX de O Evangelho Segundo o Espiritismo. Com essa atividade inauguramos a série dos estudos propostos no início do presente ano letivo, quando foram distribuídos os temas aos presentes, abrindo para todos a possibilidade de agregar outros companheiros ao esforço inicialmente individual.
Assim, vamos ao trabalho.


sábado, 13 de maio de 2017

Efetivamente

"Você concorda que todo discípulo do Evangelho tem de ser um semeador de paz e de alegria? Se assim é, seu comportamento cotidiano é, efetivamente, o que se espera de um seguidor de Jesus?" - com essa consigna, baseada no texto do Espírito Humberto de Campos no oitavo capítulo de seu livro Boa Nova (psicografia de Chico Xavier), intitulado "Bom ânimo", realizamos a tarefa deste sábado, 13 de maio, dia dedicado a Maria Santíssima e véspera do Dia das Mães. Dessa atividade participaram os companheiros Valquíria, Quito, Carminha, Eliene, Waldelice, Marilene, Egnaldo, Iva, Luiza, Fernando, Cláudia, Marilda e Maria Augusta, junto a este Coordenador e também relator dos trabalhos.
Lido o texto, no qual o apóstolo Bartolomeu recebe importante lição sobre a necessidade de se manter o bom ânimo, isto é, a alegria, a esperança e disposição no trabalho em prol do Reino dos Céus, a Coordenação propôs que se fizesse uma reflexão em duplas antes da partilha grupa. Eliene foi a primeira a falar, recordando o enredo de um filme a que assistiu com uma mensagem contra o preconceito sexual; segundo ela, não podemos exigir que as pessoas mudem: "Eu é que preciso mudar em meus conceitos, meus preconceitos, em tudo o mais"; ela observou que seria uma servidora de Jesus "se eu ainda não fosse tão cheia de defeitos...".
Marilene, em seguida, também considerou não ser discípula do Cristo, apesar de concordar com que o servidor seja mesmo um semeador de paz e alegria; "mas o serei, um dia", disse, acrescentando que isso se dará quando internalizar as queixas de Bartolomeu: "Vemos o compromisso de Jesus com sua tarefa; preciso chegar lá", observou, salientando que nosso exercício cotidiano é no sentido de manter a vigilância, "que evito quando não quero assimilar  a lição"; para ela, é preciso cumprir o compromisso, mas "quando me cobro não faço nada do que pede o Evangelho, não me transformo".
Cláudia disse estar bem longe de ser o semeador das virtudes de Jesus conforme o texto de Humberto de Campos, embora não seja uma pessoa triste como Bartolomeu: "Sou alegre, mas reajo (aos estímulos externos) e por isso fico triste", afirmou, ressaltando sua luta para buscar o equilíbrio: "Meu esforço é o de manter a língua dentro da boca, sem brigar por coisas pequenas" - completou. Por sua vez, Luiza afirmou que sua estrada também é pedregosa, mas procura vencer os percalços: "Não estou parada, sigo em frente".
Iva também tratou de reafirmar suas qualidades, dizendo ser corajosa, confiante e esperançosa, jamais triste; segundo ela, a Boa Nova sempre a recebi com alegria, e declarou-se muito contente por ter sido enfim readmitida como trabalhadora da Cobem, o que creditou a seu bom ânimo, como mais um incentivo para sua reforma íntima. Por último, Carminha ponderou que "nem sempre semeio paz e alegria, mas angústia, tristeza... um monte de coisas (negativas)"; conforme declarou. o Reino de Deus é que operará a transformação, "que é lenta"; ela disse ainda que a semeadura nada tem a ver com nossa inferioridade, mas com a responsabilidade de semear. 

quinta-feira, 11 de maio de 2017

Ânimo!

Neste sábado, 13 de maio - o dia de Maria! -, ante a impossibilidade de Cristiane e Quito apresentarem seu trabalho, a Coordenação decidiu abordar o oitavo capítulo de Boa Nova (Humberto de Campos e Chico Xavier), intitulado "Bom ânimo", no qual o autor espiritual destaca o estado moral do apóstolo Bartolomeu (Natanael, lembram-se?), para o qual Jesus dá uma preciosíssima lição que  não devemos jamais esquecer. Como somos hoje novos discípulos e, alguns casos, também apóstolos do Cristo, temos a incumbência de assimilar tais conceitos a fim de que nossa atuação na sociedade faça transparecer nossa condição de seres comprometidos com os valores evangélicos. Eis aí, então, o contexto de nosso próximo trabalho.
Vamos lá?


O diabo em mim (em nós?)

A Coordenação começou a atividade do sábado 6 de maio, após a leitura do texto de Boa Nova, dizendo que diábolico é tudo quanto nos afasta de Deus, ao passo que simbólico é o que nos aproxima da Divindade. Desse modo, para a abordagem do tema "A luta contra o mal" (capítulo 7 do livro citado, de autoria do Espírito Humberto de Campos, por Chico Xavier), foram propostas duas consignas aos participantes - Valquíria, Carminha, Quito, Cláudia, Egnaldo, Cristiane, Fernando, Marilene, Iva, Lígia e Maria Augusta, além deste escriba dublê de Coordenador -: 1 - Em que momento o "diabo" se manifesta em sua vida?; e 2 - De que maneira os propósitos evangélicos são contrariados mesmo quando você percebe qual é a principal atividade de sua vida?
Aberta a partilha, depois de breve discussão em duplas, Egnaldo foi sintético, afirmando que as duas questões se evidenciam "quando vivo egoisticamente". Em seguida, Augusta revelou que "o diabo sou eu", porque "há certos momentos em que a gente não muda, por nossas imperfeições"; segundo ela, Jesus é o maior exemplo a se seguir, "mas somos egoístas, e o egoísmo é a chaga da humanidade", completou. "Quando abro a guarda, deixo que o diabo me seduza e convença", explicou Quito, acrescentando que "nosso maior patrimônio são as virtudes", enquanto os vícios são nossa perdição: "O bom é quando reagimos a estes espontaneamente, agindo naturalmente, praticando o bem".
Para Carminha, o diabo aparece "quando o permito": "Se eu estiver vigilante, ele não se manifesta", disse ela, observando, contudo, que "geralmente estamos na invigilância, brigando, chateados com o outro", de modo que o diabo se manifesta constantemente: "Mas permanecermos com ele é que é a decisão a se tomar", ponderou; essa companheira ressaltou, quanto à segunda consigna, que "minha elevação moral é a finalidade de minha vida, mas isso eu contrario porque não estou no patamar da vigilância plena e ainda tropeço, apesar da consciência do que tenho a fazer; tenho a teoria, mas o conceito ainda não desceu ao coração", salientou, propondo esta questão: "Será que queremos mesmo nos livrar de nossos diabos?".
Na vez de Marilene, esta salientou ter a mesma pretensão de Tadeu, personagem que Humberto de Campos destaca em seu texto: "Não faço esforço para conquistar, quero receber de mão beijada", disse, embora reconhecendo ser necessário o empenho para a boa sintonia com o Alto; segundo a companheira, "quando o Mestre curava, dizia que era a fé do outro que o curava; Ele nos dá as ferramentas para que nos qualifiquemos e assim enfrentarmos nossos diabos; mas quando contrariamos as leis divinas, caímos feio!" - completou.
Depois foi Valquíria quem falou, salientando a pressão que sofre no lar sobre sua frequência à Casa Espírita, ao que ela afirma vir "porque preciso melhorar"; de acordo com a companheira, é no lar que tiramos as máscaras sociais, muitas vezes ultrapassando os limites da convivência, "exigindo que o outro melhore, quando a tarefa é nossa"; afinal, argumentou, "o que estamos fazendo aqui?. Nesse momento, Quito fez nova intervenção e admitiu: "O Mestre é a luz e nós somos centelhas".
Por seu turno, Fernando revelou que seus propósitos são os de vivenciar o Espiritismo, "e para isso é imprescindível que eu venha à Cobem"; citando os familiares, ele ressaltou que deve respeitar a escolha dos outros: "Você pode ensinar e dar a melhor orientação, mas o mais eficaz é a exemplificação do que já se aprendeu", salientou. Por fim, Iva esclareceu, provocando ridos, que "vejo-me um diabinho quando assisto a certos programas de TV".

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Diabruras

"Se o mundo parece povoar-se de sombras, é preciso reconhecer que as leis de Deus são sempre as mesmas, em todas as latitudes da vida. É indispensável meditar na lição de Nosso Pai e não estacionar a meio do caminho que percorremos. Os inimigos do reino se empenham em batalhas sangrentas? Não olvides o teu próprio trabalho. Padecem no inferno das ambições desmedidas? Caminha para Deus. Lançam a perseguição contra a verdade? Tens contigo a verdade divina que o mundo não te poderá roubar, nunca. Os grandes patrimônios da vida não pertencem às forças da Terra, mas às do Céu. O homem que dominasse o mundo inteiro com a sua força, teria de quebrar a sua espada sangrenta, ante os direitos inflexíveis da morte. E, além desta vida, ninguém te perguntará pelas obrigações que tocam a Deus, mas, unicamente, pelo mundo interior que te pertence a ti mesmo, sob as vistas amoráveis de Nosso Pai."

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Essas palavras, do Espírito Humberto de Campos, são constantes do cap. 7 ("A luta contra o mal") do livro Boa Nova (psicografia de Chico Xavier), que subsidiará as atividades deste sábado, 6 de maio, no Grupo Jesus de Nazaré. Será importante a participação de todos, em vista do que o médium Divaldo P. Franco proclamou em seu último workshop, comentando a intensificação das ações de espíritos trevosos entre nós.

Vamos trabalhar?