Como é praxe em nosso Grupo fazermos uma avaliação das
atividades e do comportamento individual a cada final de etapa dos estudos,
também em 2015 realizamos tal procedimento, focando porém o auto-exame. Desta
vez, a base para os questionamentos elaborados pela Coordenação foram as
virtudes trabalhadas ao longo do ano que passou – Equilíbrio e Superação -, daí
decorrendo as duas questões propostas aos integrantes do “Jesus de Nazaré” em
duas ocasiões seguidas, em razão da ausência de alguns no primeiro momento.
As duas questões foram estas:
1 – Que dificuldades
encontrei para vivenciar o equilíbrio ao longo deste ano? e
2 – O que consegui
superar dentro de mim neste ano que termina?
Como nem todos conseguiram preencher os cartões com essas
premissas – os quais não precisavam ser identificados –, poucos companheiros
deram o retorno necessário, o que talvez aconteça a partir de março próximo,
quando o Grupo retomar suas atividades corriqueiras. No entanto, vejamos o que
chegou até a Coordenação.
Ponto de equilíbrio
Um dos companheiros, respondendo à primeira pergunta,
relatou a dificuldade de perdoar o outro e aceitá-lo como ele é; também pontuou
a invigilância em relação ao julgamento como impeditivo para exercitar o
equilíbrio próprio. Ainda com relação a esse primeiro questionamento, outro
membro do Grupo relacionou a dificuldade da aceitação, o que, segundo disse,
deu margem ao aparecimento de uma enfermidade, pelo medo de estar só.
Para um outro companheiro, o impedimento foi “minha
compulsividade”. Alguém ponderou que “ao longo da minha trajetória terrestre
tenho buscado o equilíbrio para não me perder. Durante o ano, com a proposta do
grupo em desenvolver essa virtude, procurei prestar mais atenção nas minhas
atitudes para perceber se tenho conseguido vencer essa dificuldade.
Internamente é uma luta intensa, procuro alinhar meu pensamento com a proposta
da Doutrina, extirpar de mim o mal que não me pertence. Sim, tive uma certa
dificuldade”.
Já um outro avaliando culpou a ignorância, a incompreensão e
a própria incapacidade para não vivenciar o equilíbrio. Houve quem afirmasse
ainda estar preso a velhos hábitos como o egoísmo, o orgulho e o descontrole
emocional. Outra pessoa acusou “muitas dificuldades” nesse quesito, acreditando
não ser bem compreendida, ressaltando porém que haverá de superá-las. Um
companheiro admitiu a indisciplina quanto à pontualidade, revelando seu
constrangimento por chegar sempre atrasado às reuniões do Grupo – “mas rogo a
Deus que em 2016 possa superar” essa deficiência.
Hora da superação
Quanto ao segundo questionamento, sobre o que já se
conseguiu superar em si mesmo, alguém confidenciou ter, ao contrário, sido
superado por fatores como a velhice “que, sábia, estava sempre a me alertar:
cuidado, veja onde pisa!”. Um outro salientou ter superado um pouco da
acomodação (comodismo), ao passo que uma companheira indicou, feliz, a
transformação de pensamentos deletérios por outros pautados na esperança e na
confiança, além do fortalecimento, principalmente, “de minha fé na vida, nas
pessoas e em Deus, que é constante e sempre renovada”.
Outro companheiro revelou ainda não ter conseguido superar
quase nada: “Tenho melhorado à medida que vou ouvindo as dificuldades alheias nos
diversos trabalhos de que participo. Vou tomando consciência de como sou
agraciado por Deus e, diante das dificuldades, reflito. Tenho melhorado, mas
estou longe do equilíbrio”. Uma certa companheira observou atravessar momentos
em que a compreensão levou à aceitação, embora ainda se recuse a ficar só:
“Tenho travado lutas comigo mesma para vencer, por esse motivo tomei atitudes
no sentido de ter sempre alguém na minha casa” – razão pela qual diz estar
melhorando, “graças a Deus”.
E um dos integrantes do Grupo salientou ter superado a
desesperança e a perda do equilíbrio em situações difíceis. Ainda outro,
entendendo que o verbo superar também pode significar aumentar, externou “a fé,
a confiança em Deus, o amor pelos companheiros e a compaixão por aqueles que me
agridem” como algumas das vitórias obtidas ao longo de 2015.
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