terça-feira, 24 de março de 2015

Perdoa-me

O trabalho dia dia 14 de março foi todo dedicado à apresentação de Valquíria, que tratou do perdão conforme o texto de Humberto de Campos (Espírito) no livro Boa Nova (psicografia de Chico Xavier). Presentes, o coordenador Francisco (Creuza, que precisou se submeter a uma pequena cirurgia dentária, chegaria já perto do final da atividade), Railza, Quito,, Marlene, Eliene, Ilca, Isabel, Egnaldo, Ana Lívia, Cristiano, Fernando, Luiza, Magali, Waldelice, Marilda, Jaciara, Regina Gomes e Regina Mendes, além da própria Valquíria.
A apresentação consistiu da leitura individual do texto (Valquíria providenciou cópias) nos três subgrupos previamente formados; depois, ela propôs a primeira reflexão sobre ensinamento do perdão pelo Cristo, a partir da provocação do apóstolo Pedro - "Até quando devo perdoar meu irmão?" -, fazendo cada componente do Grupo se interrogar: "E eu, como agiria?"; em seguida, foi dada nova consigna, desta vez especulando o comportamentona coletividade: "Como deveríamos agir?'; por fim, todos os participantes foram levados a verificar a ação de Jesus, abrindo-se depois a partilha geral.
Com a palavra, Waldelice disse que se tiver compaixão do próximo conseguirá perdoar. Isabel, por sua vez, considerou que no diálogo de Boa Nova encontrou respostas para as indagações feitas no caminho para a reunião do "Jesus de Nazaré"; segundo ela, o remédio é persistir no trabalho no Grupo, ter discernimento para agir "lá fora", principalmente no âmbito da família: "O Grupo nos fortalece para as experiências da vida quando nos sentimos magoados", comentou ela,
Para Ilca, foi difícil, na Cobem, aprender as lições referentes ao perdão, "mas não quero nunca ser algoz de ninguém", ressaltou, acrescentando querer melhorar para que possa trabalhar com tranquilidade, "sem ser nem parecer coitadinha...". Railza narrou um episódio familiar no qual vê-se como vítima por se propor a ajudar alguém, e declarou compreender que lhe façam isso, "mas não me cabe perdoar".
Egnaldo afirmou que a melhor resposta, como diziam os antigos, é aquela que não se dá: "É ter paciência e aceitar a condição do outro. Mas teria eu a elevação necessária para perdoar? Eis a questão". Para ele, é preciso manifestar boa vontade primeiro consigo próprio e exercitar o "fair play" com os demais. A seu turno, Roberto falou que o perdão é algo a ser trabalhado, "é um processo".
Voltando a falar, Waldelice salientou que procura se trabalhar para não reagir instintivamente às ofensas, mesmo depois do acontecido, "porque não esqueço o que me fizeram e me vejo dizendo está vendo aí? E não gosto que me caluniem". Creuza, respondendo a Waldelice, comentou que devemos saber quando o instinto é realmente útil: "Muitos de nós, espíritas, não sabemos, porque não aprendemos, conversar com o outro..."
No fechamento de seu trabalho, Valquíria ponderou que do exercício do perdão depende a evolução de cada um: "Estamosbuscando aprender", disse ela, salientando ser fácil apontar os defeitos do outro e querer modificá-lo, "por não olharmos para nós mesmos, mas estamos neste planeta para receber conforme o que fizermos".

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