sábado, 28 de setembro de 2013

Amoroso entendimento

Amor é fogo que arde sem se ver;

É ferida que dói e não se sente;
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.

É um não querer mais que bem querer;
É um andar solitário entre a gente;
É nunca contentar-se de contente;
É um cuidar que se ganha em se perder.

É querer estar preso por vontade
É servir a quem vence o vencedor,
É ter com quem nos mata lealdade.

Mas como causar pode seu favor
Nos corações humanos amizade;
Se tão contrário a si é o mesmo amor?

Esse poema de Luiz de Camões deu o mote para o trabalho realizado neste sábado, quando mais uma vez tentamos enfrentar nosso problema de entendimento, focando nossa pretensa humanidade de acordo com o ditado "errar é humano" e com o pensamento da Benfeitora espiritual Joanna de Ângelis expresso em sua tríade "humanizar, espiritizar e qualificar". A atividade teve a participação de Railza, Fernando, Valquíria, Bonfim, Cristiano, Lígia, Isabel, Ilca, Regina, Carminha, Marilda, Cláudia, Luiza, Quito e Marilene, além dos coordenadores - Francisco e Fernanda - e de Nilza, que nos visitava. (Nilza é uma das coordenadoras, junto com Luiza e Isabel, do Encontro com Jesus, um dos grupos terapêuticos mantidos pela Cobem.) 
Depois da introdução, a turma foi separada em dois subgrupos para análise da consigna, conhecida após a leitura do poema: "Em meio às contradições de minha vida, que devo entender, a partir desse sentimento chamado amor?"
Aberta a partilha, Egnaldo iniciou os comentários com uma indagação: como se sabe o que é amor, se sabe o que é amor, se há oposições como o ódio? Então ele questionou um dos versos de Camões, negando que o amor seja fogo, como afirmara o poeta português. "Quando é fogo é paixão", disse, pois amor, segundo ele, é serenidade, é consciência. Afirmou ainda que por amor havia guerras, antigamente ("a de Tróia, por exemplo"), "mas o amor não tem barreiras, é algo sólido", razão pela qual "devemos ter paciência para chegar ao amor", completou.
Fernando declarou que se Camões escrevesse seus versos hoje, depois de ter aprendido no Plano Espiritual, faria um poema diferente, com outros conceitos: "É difícil, para nós, entender o que é o amor, pelas deturpações observadas", disse ele, considerando que é aí que o Espiritismo nos ajuda, trazendo o amor em seu aspecto real; segundo Fernando, o verdadeiro sentido do amor está no Cristo, porquanto Ele afirmou que "o amor cobre a multidão de pecados", o o amor que não observa a condição das pessoas para que as amemos, o amor incondicional. Já Bonfim opinou que "o amor é tudo", explicando que Camões explicitou em seu poema as conceituações de sua época; ele disse também que tudo que há existe por causa do amor e que as leis naturais têm base na Lei de Amor, de modo que "tudo que imaginarmos é o amor"; assim, considerou, enquanto o corpo serve à evolução, está no dever do espírito tudo fazer com o máximo de perfeição possível.
Por sua vez, Railza observou que somos expressão do amor de Deus e à medida que reencarnamos sucessivamente experimentamos essas contradições. Reportando-se à fala de Fernando, ela lembrou que o médium Divaldo Franco ofereceu-se como canal de uma comunicação do Espírito Luiz de Camões num dos congressos espíritas da Bahia, ocasião em que falou de seu novo olhar sobre o amor. Depois, ela teceu considerações sobre a condição feminina, revelando que "não é fácil ser esposa e conviver com o homem", impondo-se aí o exercício da abnegação "junto a um ser que culturalmente absorveu os conceitos de provedor, chefe de família, dono da casa..."; após isso, discorreu ac erda da experiência reencarnatória do Espírito Joanna de Ângelis e sua atuação como freira socorrendo as mulheres desafortunadas relegadas ao claustro: "Quanto esforço para manter o feminino!", ponderou.
A fala inicial de Valquíria foi interceptada pela Coordenação, que procedeu à leitura do seguinte trecho do livro O pequeno laboratório de Deus, no qual o autor, Hermínio C. Miranda, biografa o cientista negro norte-americano George Washington Carver:
"Pouco a pouco, ele foi se impondo aos outros como um homem de bem, que inspirava respeito e admiração pelo seu comportamento e pela inteligência de que era dotado.
"Entregou-se por inteiro ao estudo de botânica, geologia, bacteriologia, química, entomologia e coisas dessa ordem. Interessou-se pela álgebra antes do tempo e aprendia com espantosa facilidade. A geometria, porém, era um mistério para ele. Justamente por causa dela, aprendeu mais uma das grandes lições da sua vida.
"Foi assim: numa prova parcial, julgou a questão muito fácil e resolveu tudo num abrir e fechar de olhos. Os colegas mal haviam começado a prova e George há havia concluído a sua. Na hora de divulgar as notas, ele se sentiu orgulhoso: tinha certeza de haver conseguido a nota máxima. Qual não foi o seu espanto, quando o professor anunciou:
"- Sr. Carver: zero!
" - Zero, professor? Tenho certeza de que a resposta está certa. Eu conferi.
"- A resposta está certa - garantiu o professor -, mas você partiu de uma hipótese falsa. Nunca se chega a uma resposta correta partindo de um princípio errado.
"Embora arrasado, George sabia que o professor estava com a razão. Aquilo iria servir-lhe para o resto da vida."
Em seguida a isto, nossa companheira considerou que "nossa interpretação desse amor parte de uma premissa falsa", acrescentando não encarar o amor de Deus como esse amor material, vinculado à figura (ao corpo!) humana, salientando que "o amor está nas leis morais".
Marilene citou passagem do livro Jesus no Lar (Neio Lúcio, Espírito/Chico Xavier), na qual conta-se que, durante um surto de peste, um Anjo desceu das alturas para auxiliar certa comunidade, mas necessitava de alguém que se oferecesse como instrumento para essa ajuda; no entanto, os mais qualificados fugiram à colaboração, à custa de pretextos, de modo que o Anjo valeu-se de um criminoso, o qual não regateou a oportunidade, atuando responsavelmente junto ao enviado do Senhor, minorando as dores de seus irmãos. Essa história, desse nossa amiga, serve para afirmarmos constantemente a quem se julga inferior, incapaz de trabalhar pelo bem comum, que ele também é filho de Deus, que o convoca ao trabalho.
E antes que a Coordenação encerrasse a atividade - considerando que não somos nem demasiado humanos em razão de nossa grande tendência ao erro, nem desumanos, por nos vermos por vezes capazes de muitas atrocidades, mas seres em processo de humanização -, Luiza comentou ser difícil definir o amor, ainda que olhemos para uma flor, ou para uma criança, ou uma pessoa agradável, e sintamos amor, porquanto a beleza que nos atrai é amor, o que fez a Coordenação observar que o amor de Deus se nos apresenta como beleza, verdade e bondade...

domingo, 22 de setembro de 2013

Outro entendimento

Foi no mínimo interessante a atividade realizada no sábado 21 de setembro no âmbito de nosso grupo de estudo, a começar pela não realização do trabalho planejado, uma vez que a Coordenação havia esquecido que Marcos, o físico filho de Railza, concluiria nesse dia sua aula sobre Física Quântica, conforme acertado previamente. Com isso tivemos uma manhã rica em discussões acerca de temas como lei do retorno, ação e reação e causa e efeito, para começar. Depois, par ao grupo formado pelos dois coordenadores (Francisco e Fernanda), Valqupiria, Egnaldo (que não ficaria muito tempo), Lígia, Isabel, Carminha, Luiza, Fernando, Marilda, Cristiano, Regina, Magali, Quito, Bonfim, Waldelice, Roberto e, chegando mais tarde, Edward, além da própria Railza, Marcos reportou-se às origens da Física Quântica, enfatizando a ação do cientista Max Planck, que, para medir a temperatura de altos-fornos, teve de abrir mão das teorias da Mecânica Clássica, chegando assim às conclusões que levaram à conceituação desse novo paradigma.
Marcos também citou as divergências entre Albert Einstein e Niels Bohr e a noção de consciência na observação dos fenômenos para sua compreensão. Observou ainda a intersecção da Física Quântica com a espiritualidade, comentou a teoria das supercordas, fez referência à velocidade da luz, ao mundo atômico, às diferenças e semelhanças no comportamento das partículas, oferecendo ensejo a preciosos comentários.
Por exemplo, Roberto lembrou de uma palestra a que assistira, na qual o palestrante deixou-se mediunizar e a entidade dedicou-se a, através dele, responder a perguntas da assistência; o Espírito teria dito que ninguém se desesperasse antes os acontecimentos tormentosos do mundo porque Deus está no comando e todas as ocorrências se dão com o divino consentimento e em seguida fez uma espantosa revelação: no tocante à ação do homem na Natureza, como no caso dos desmatamentos na Amazônia, haveria guardiões quais robôs gigantescos cuidando da manutenção das condições de vida na Terra, impedindo que as atitudes humanas interfiram demasiadamente na aplicação das sábias leis.
Alguém questionou Marcos quanto à aplicabilidade das teorias quânticas e este físico citou o armazenamento de cada vez maior volume de informações em cada vez menos espaço, referindo-se aos microchips e ao inovador computador quântico, em modelos muito mais elaborados que os atuais, que utilizam códigos binários.
Fernando perguntou se as pessoas que têm facilidade para lidar com a ciência seria privilegiadas, em comparação com outras que aparentemente teriam dificuldades nessa como em outras áreas co conhecimento humano. Dentre outras pessoas que ofereceram possibilidades de resposta ao companheiro - que ficou informado de que Deus não privilegia ninguém, apenas dá condições para que certas pessoas, comprometidas com o progresso da Humanidade, desenvolvam seu potencial -, Railza relatou o que observou em Cuba, onde alguns cientistas já estudam a possibilidade do teletransporte.
Fernando também observou a necessidade das duas asas que propiciam a evolução espiritual - o amor e a sabedoria, recordando os dois mandamentos do Espírito de Verdade aos espíritas: "Amai-vos e instruí-vos!"; ele revelou-se ainda admirador da Ciência e usuário de certos avanços científicos, "através dos outros", dado seu desconhecimento reduzido; em razão disso - e com base em sua experiência espírita -, ele questionou: "Se eu desencarnar agora, chegarei lá (ao plano espiritual) como fracassado?" Procurando ajudá-lo nessa compreensão, o coordenador Francisco observou-lhe que, de duas coisas, uma poderá acontecer com qualquer um  de nós após a desencarnação: ou vamos continuar trabalhando, ao lado dos mentores espirituais, ou continuaremos lhes dando trabalho...

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Entender sentimentos e emoções

A partir da discordância de Railza quanto à observação do Espírito Emmanuel, sobre nosso problema ser de entendimento, e por sua argumentação de que nossa humanidade responderia pelas dificuldades encontradas em nosso atual estágio evolutivo, talvez seja pertinente analisarmos com o aprofundamento possível essa tal condição humana, tomando por base a tríade da Benfeitora Joanna de Ângelis: "Humanizar, espiritizar e qualificar".
Dizia-se, antigamente - e isto se repete na atualidade -, que "errar é humano", justificando assim nossa tendência aos comportamentos desabonadores ou simplesmente equivocados. Desse modo, há que se perguntar: somos demasiadamente humanos, por errarmos tanto, ou nos classificamos tão-somente desumanos, quando verdadeiras barbaridades (atrocidades?) são cometidas?
Então, a julgar pela contribuição de Joanna de Ângelis, concluiremos que estamos em processo de humanização, significando que não somos ainda suficientemente humanos, porquanto recém-saídos da experiência animal, o que condiciona nossos esforços evolutivos. Somente pelo aperfeiçoamento das sensações e das emoções, sublimando-as em sentimentos, é que nos veremos realmente humanos, ou humanizados.
Tal será, então, o fulcro de nossas reflexões no encontro deste sábado, 21 de setembro, véspera da primavera.  

domingo, 15 de setembro de 2013

Como entender?

Velho rifão, de todos nós muito conhecido, diz que, para bom entendedor, meia palavra basta. Será mesmo? Talvez o fato de que cada individualidade observe a Verdade exclusivamente de seu ponto de vista dificulte o entendimento que poderia beneficiar a todos, o que responderia, possivelmente, pelas dificuldades em se cumprir as tarefas pessoais, no âmbito da esfera espiritual que nos abarca a todos, com a finalidade de despertarmos para os esforços evolutivos. Assim foi que, sob o "olhar" da câmera que filmava nossas atividades no sábado, 14 de setembro, voltamos a nos debruçar sobre o tema do entendimento, desta vez tentando apurar como temos aproveitado a existência, se já sabemos o que é mais importante em nós e para cada um de nós...
O encontro, que teve a "direção artística" de Edward, operando a câmera, contou com a participação de Railza, Lígia, Regina, Cristiano, Fernando, Waldelice, Isabel, Eliene, Quito, Cláudia, Ilca, Jaciara, Marilda, Roberto, Marilene e Magali, além do coordenador Francisco, que começou expondo, mais uma vez, a observação do mentor Emmanuel sobre nosso problema ser de entendimento; ele também recordou a metáfora da enxada, constante do tópico sobre a "missão homem inteligente na terra", de O Evangelho Segundo o Espiritismo, considerando que tanto somos a enxada quanto a trazemos em nós, no tocante à faculdade mediúnica, ferramenta utilizada pelos Espíritos que, para ser bem operada, precisa estar em boas condições de uso, o que ressalta nossa responsabilidade.

Como dessa vez não precisamos dividir a turma em subgrupos, passamos logo à partilha, quando Ilca, tomando a palavra, fez referência ao programa Globo Repórter exibido na noite anterior enfocando a cultura religiosa do Nepal: "O que vi lá é o que fazemos aqui", disse ela. Falando em seguida, Railza voltou a afirmar sua discordância quanto à afirmativa de Emmanuel e à repetição da Coordenação, ponderando que "nossa grande dificuldade é dizer que somos humanos". Ela disse associar o entendimento à existência: "Meu problema é existir", explicou, acrescentando trazer consigo a bagagem da compreensão: "Sou eu e minha história; a depender da situação minha compreensão pode mudar". Segundo ela, o pensamento do Espírito Emmanuel "é demasiadamente intelectualizado para mim", uma vez que "minha verdade é a que consigo expressar, moldada pelos valores recebidos dos mais velhos, procurando não invadir o espaço do outro, mesmo algumas vezes atropelando-os, porque sou humana!", frisou, salientando que seu mentor espiritual - "E não é um só, é uma equipe!" - "deve ter muito trabalho comigo!"
Fernando começou relatando sua recente dificuldade com a memória e em razão disso adquiriu o hábito de escrever o que não quer esquecer. Com esse costume, chegou, outro dia, à conclusão de que já sabe o que quer: "Eu quero ser um espírita autêntico, assimilar a Verdade e ser espírita de verdade!", afirmou, acrescentando esperar não descambar outra vez pelos descaminhos; "mas agora eu sei o que quero!" Por sua vez, Regina também recordou um programa de TV em que se debatia a questão da felicidade, a qual, segundo um filósofo, consistia em sentar-se sob uma jabuticabeira e deliciar-se com as jabuticabas. Como não encontrasse jabuticabeiras, ela tentou ser feliz comendo mangas sob uma mangueira carregada de frutos maduros e o resultado, desastroso para ela, foi uma reação alérgica que a deixou toda empolada. Ela também se valeu da tríade da Benfeitora Joanna de Ângelis (humanizar, espiritizar e qualificar) para relatar episódio vivenciado numa clínica onde reclamara do atendimento.
(Neste ponto, a Coordenação interveio para tentar explicar o significado de "humanizar" na tríade citada, considerando que, se somos humanos, não estamos devidamente humanizados, por sermos recém-saídos da experiência na fase evolutiva anterior, a animal, o que responde pelo império dos instintos sobre nossa condição, levando-nos a mais reagir por impulso que agirmos por reflexão; somente quando colocarmos os dois pés na humanidade é que nos humanizaremos, sendo este o esforço a que somos chamados a fazer na atualidade de nosso percurso no rumo do aperfeiçoamento espiritual.)
Roberto ressaltou certa experiência de regressão a vidas passadas feita nos Estados Unidos, na qual o "sujeito" reviveu 38 reencarnações e em todas viu-se prejudicado pelo orgulho. "Essa é a complexidade do ser humano", disse, salientando que, por trabalhar com protestantes (evangélicos!) e atravessar um período de enfermidade, estes costumam receitar-lhe tratamentos baseados na leitura da Bíblia; no entanto, segundo afirmou, sua visão de mundo clarificada pelo Espiritismo não o faz crer que a vida das pessoas esteja toda descrita e alicerçada no chamado "livro santo" dos cristãos, como querem os protestantes.
"O que nos diferencia?", perguntou Eliene ao iniciar sua fala, focada na intervenção da Coordenação: "Se temos um pé na condição animal e não desenvolvemos nossa humanidade, é que nos preocupamos com o outro e esquecemos de nossa vida, na transitoriedade na Terra; ocupamo-nos em ver os defeitos dos outros, não os procuramos para elogiá-los; ou então mostramos algo que nós não somos." Isabel, aparentemente estimulada pelas palavras de Regina, também reportou-se à questão da felicidade, que para ela são os momentos vividos com plenitude; um desses, segundo afirmou, foi quando, em Porto Seguro, degustou pitangas tiradas do pé - "Foi inesquecível!"; outro momento é o da experiência na condução do grupo Encontro com Jesus, da Cobem, ao lado de duas companheiras, encontrando muito material humano para refletir acerca do próprio comportamento, observando os erros e acertos de sua vida...
Edward observou que em O Livro dos Espíritos o filósofo Sócrates é citado quando os Espíritos Superiores informam a Allan Kardec quanto ao meio mais prático de se atingir a perfeição: "Um sábio da Antiguidade já vos disse: conhece-te a ti mesmo!", o que levou nosso companheiro a indagar sobre qual seria o primeiro passo na direção do autoconhecimento. Em resposta, a Coordenação realizou uma dinâmica de grupo voltada para a reflexão quanto ao fato de, no processo de autodescoberta, pouco estarmos focados em nós mesmos, apontando, em seguida, já termos o conhecimento de sete informações sobre nós mesmos (além do próprio nome), mas sem delas estarmos convictos: 1 - somos espíritos; 2 - somos espíritos encarnados; 3 - somos espíritos reencarnados; 4 - somos espíritos imortais; 5 - somos espíritos criados por Deus; 6 - somos espíritos em transformação; e 7 - somos espíritos em trânsito no planeta.
A seu turno, Quito reparou que "estamos o tempo todo estudando os sentimentos" e que ninguém está coagido a participar do Grupo, mas o fazemos por escolha própria; "Uma energia de fraternidade" nos congrega, disse ele, observando que nossos encontros semanais se dão porque "esperamos sair melhores do que entramos, mas enquanto houver a dificuldade de se ser lá fora o que vivenciamos aqui não encontraremos a plenitude da paz". Só então, completou, aprenderemos a nos conhecer, passando a ser mais fortes; "Precisamos perseverar no que fazemos aqui, expondo ideias e sentimentos; não precisamos ser espíritas e trabalhar somente na Casa Espírita, lá fora temos muito mais oportunidades e sem perseverança e disciplina não sairemos de onde estamos, agindo só na superficialidade".
Por fim, Cristiano, também relatando um episódio acerca de sua experiência pessoal e familiar, considerou que nessa ocasião disse aos filhos não ser um super homem, pedindo-lhes que observassem seus erros; assim aconteceu, uma vez, quando ele viu-se agindo animalescamente, como disse, e seus filhos, então, lhe reafirmaram o amor incondicional; hoje, observou, vê-se como o verdadeiro espírita descrito por Allan Kardec, esforçando-se ao máximo para melhorar: "Embora muitas vezes eu falhe, continuo persistindo".

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Entender-se


O encontro deste sábado, 14 de setembro, terá um atrativo a mais, além da atividade continuada acerca de nossa necessidade de entendimento. É que a Assessoria de Comunicação pretende filmar nossa reunião para incluir essas imagens no documentário que marcará as comemorações por mais um aniversário da Casa de Oração Bezerra de Menezes, em novembro. Logo mais teremos o roteiro deste novo trabalho, ainda baseado nos livros sugeridos para subsidiar a nova programação.

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Há pelos menos seis coisas sobre nós mesmos, além do próprio nome, que já sabemos, ainda que não estejamos devidamente conscientizados quanto a elas. Ei-las: 1 - somos espíritos; 2 - somos espíritos encarnados, ocupando um corpo material momentaneamente; 3 - somos espíritos reencarnados, estando sobre a Terra mais uma vez, com uma experiência de milhares de anos sobre os ombros e a necessidade de corrigi-la radicalmente; 4 - somos espíritos imortais, o que deve mudar completamente toda e qualquer concepção a nosso respeito em relação à existência atual (pelo menos); 5 - somos espíritos criados por Deus, daí por que aprendemos a nos ver como irmãos, filhos do mesmo Pai; e, por último, mas nem por isto menos importante, somos espíritos em transformação, o que responde pela necessidade de entendimento com que devemos pautar nossa vivência espiritual, especialmente no âmbito do Espiritismo. Eis por que é imprescindível ocuparmo-nos do estudo de nós mesmos e do que nos cerca, como forma de melhor nos aplicarmos à tarefa de reforma a que somos chamados a realizar em nosso íntimo, educando as emoções, corrigindo as imperfeições e ampliando a consciência.

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Em face do exposto, eis a linha de nossa atividade neste sábado, 14 de setembro:

Roteiro

1 - Prece;
2 - Explicação;
3 - Desenvolvimento:
3.1 - Separação da turma em subgrupos;
3.2 - Distribuição da consigna
3.2.3 - Como tenho aproveitado minha existência? Já sei o que é mais importante em mim e para mim?;
4 - Partilha grupal;
5 - Fechamento.
6 - Prece final.