A visita do companheiro Roberto Miguel, que se recupera de um câncer, abrilhantou as atividades deste sábado. Além dele, compareceram Fernando, Marilda, Cristiano, Valquíria, Quito, Lígia, Egnaldo, Marilene, Waldelice - a quem abraçamos por mais um natalício -, Iva, Carminha, Eliene e Isabel, mais os coordenadores, Francisco e Fernanda. Após a prece, introduzimos o assunto do dia - propusemos o tema "autoconhecimento e saúde física e espiritual" - e antes que fizéssemos a leitura de um tópico de O Evangelho Segundo o Espiritismo (ESE) correlato com a temática (a mensagem do Espírito João Evangelista intitulada "Deixai vir a mim as criancinhas"), Isabel leu o artigo do médium e tribuno Divaldo Pereira Franco publicado no jornal A Tarde e Eliene comentou a importância do livro Jesus no Lar para as discussões acerca do autoconhecimento e assim a Coordenação sugeriu que ela iniciasse, no próximo sábado, 1 de junho, a série de trabalhos individuais com a qual pretendemos aprofundar o entendimento sobre a educação das emoções. E Valquíria, depois de ler trecho do livro O Espírito e seu Processo de Evolução, de Alzira e Luciano Varandas, considerou que as ditas orientações são condizentes com os estudos efetuados no Grupo.
Antes de abrir espaço aos comentários, a Coordenação frisou parte do texto do Espírito João Evangelista que fala da "ação viril" empreendida pelo Cristo através do Espiritismo, salientando que é tempo de deixarmos de ser as crianças espirituais ali referidas e decidirmos marchar com determinação para o encontro com Jesus, que não está tão distante quanto as pessoas o colocam. A par disso, Valquíria concordou ser mesmo preciso ir a Jesus e não trazê-lo para perto, ao passo que Eliene disse não ser verdadeiro que Jesus esteja distante de nós: "Ele está sempre conosco, mas o que nos impede de perceber Jesus em nós?". Segundo ela, tudo está interligado cosmicamente e isso - a compreensão quanto a essa interconectividade - faz parte de nosso amadurecimento espiritual para garantirmos boas condições de saúde - física, inclusive - para não nos vermos reclamando da Divindade.
Waldelice, tomando a palavra, declarou que nunca pensou em Deus se esquecendo dela: "Sempre tive fé, apesar dos altos e baixos da vida", disse, comentando que os percalços são próprios da provação espiritual: "O que passo é o que tenho de passar", salientou, completando que pela ação fraterna se aproxima mais de Deus. Regina, por sua vez, revelou ser preciso cumprir o processo de autodescobrimento, sob pena de se perpetuar a condição egocêntrica, deixando a criatura no estágio da criança referida por Jesus (conforme a leitura do tópico do ESE). De acordo com Quito, nascido Francisco Faraday, existe uma força magnética de sintonia que obedecemos ou não - com isto ele justificava a relação entre autoconhecimento e saúde. Ele afirmou também que "depois que conhecemos as lições de Jesus temos a obrigação de levar o esclarecimento aos outros, pois estamos numa via de mão dupla, indo e vindo"...
Para Egnaldo, pretendendo responder à observação anterior de Valquíria, às vezes a situação é tão crítica que a pessoa não tem condições de tomar uma atitude, mantendo o conflito: "O papel da religião é fazer com que a pessoa se concentre em sua espiritualização", comentou. A seu turno, Marilda, voltando ao tema em estudo, ressaltou que a doença física está perto dela desde a infância, como um sinalizador, uma forma de chamar a atenção, inconscientemente, numa família numerosa: "Mas nunca deixei a doença se sobrepor a nada em minha vida; mas quando me sentia melhor tudo melhorava em torno de mim e já não uso mais esse mecanismo de defesa", disse ela, revelando já ter um caminho mais pleno: "Aprendo pelo serviço ao próximo".
Marilene declarou estar imbuída da ação de não ver determinados comportamentos, sendo um dever informar outras pessoas, especialmente aquelas sob seus cuidados assistenciais, quanto a esse procedimento. Iva vinculou a "ação viril" referida no tópico do ESE lido pela Coordenação a um dos ensinamentos de Jesus, o que trata do homem no mundo ("Estais no mundo mas não pertenceis a ele"), reparando que "no físico sou adulta, mas em espírito ainda me comporto como criança". Ela revelou também estar lendo um livro chamado Nobreza de Espírito e observou que "a nobreza de espírito está na consciência e no exercício dessa verdade". Voltando a falar, Quito comentou a lembrança da Coordenação, constante de O Livro dos Espíritos, sobre os maus prosperarem pela timidez dos bons, dizendo que essa timidez se deve ao fato de ainda sermos os "sepulcros caiados" condenados pelo Cristo, o que provocou uma certa celeuma.
Quem também voltou a usar a palavra foi Waldelice, que salientou ser necessária a coragem para o autoconhecimento, quando a pessoa realiza a descoberta das próprias imperfeições: "Quanto mais descubro (as imperfeições), mais vejo que não sei nada". Por fim, Roberto pediu sua oportunidade para dizer que, quando reza, pede que esteja apto a ajudar o próximo. Segundo ele, "a criança, quando presta atenção no comportamento ou na fala do adulto em equívoco, este deve imediatamente corrigir-se para ensinar o certo, pois ali a verdade está brotando"...
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