domingo, 21 de abril de 2013

Lições de amizade

Nesse sábado 20 de abril tivemos a realização de nosso primeiro trabalho envolvendo a temática atual - Educação dos Sentimentos -, mas ainda sem conhecermos as diretrizes atuais, de modo que a Coordenação utilizou um "plano B", oferecendo uma história e uma consigna na forma de uma pergunta de cunho reflexivo, conforme especificado mais abaixo. Dessa atividade participaram Fernanda, nova coordenadora, substituindo Maria Luiza, Marilene, Railza, Isabel, Eliene, Marilda, Ilca, Quito, Cristiano, Regina e Waldelice, além do coordenador Francisco.
A história trabalhada se intitula "Valor de um amigo" e ressalta um diálogo entre um soldado na guerra e o comandante de sua tropa, um tenente:

"- Meu amigo não voltou do campo de batalha, senhor; solicito permissão para ir buscá-lo - disse o soldado a seu tenente.
- Permissão negada - replicou o oficial. - Não quero que arrisque sua vida por um homem que provavelmente está morto.
O soldado, ignorando a proibição, saiu e uma hora m ais tarde regressou, mortalmente ferido, transportando o cadáver de seu amigo.
O oficial estava furioso:
- Já tinha dito que ele estava morto! Agora eu perdi dois homens" - berrou. - Diga-me: valeu a pena trazer um cadáver?
E o soldado, moribundo, respondeu:
- Claro que sim, senhor! Quando o encontrei, ele ainda estava vivo e pode me dizer: tinha certeza de que você viria!"

Essa história traz ainda uma lição de moral: "Amigo é aquele que chega quando todo mundo já se foi".

Depois de dividir a turma em três grupos, distribuindo a cada um uma cópia da história para reflexões acerca o sentimento da amizade, a Coordenação expôs esta consigna: "Qual a sua atitude na relação com o outro?". Após essa conversa prévia passamos à partilha. Eis alguns comentários:

Eliene, depois de considerar a atitude do soldado perante o tenente da história, salientou ser preciso agir com racionalidade, evitando a indisciplina; segundo ela, a amizade verdadeira é a do dia a dia, "que acompanha você em toda situação". Ela também afirmou ter grandes amigas, "mas sei que elas não se sacrificarão por mim; às vezes queremos mostrar o que não somos, para sermos bonzinhos perante a sociedade; eu não me arriscaria...".

Relatando o episódio de um encontro com um mendigo, Marilene disse ter recordado Irmã Dulce naquele momento, porque a ela mesma faltou coragem para agir em benefício daquele homem, que poderia ser "um irmão, um filho, um pai"...

Por sua vez, Cristiano optou por trazer à baila as histórias de Maria de Magdala e Paulo de Tarso para balizar o comportamento amigável; a vida de Paulo, segundo disse, é mais tocante por ver que lhe falta coragem no contato consigo mesmo, reconhecendo a dificuldade: "É difícil abraçar o problema do outro, porque às vezes é preciso cortar na própria carne"...

Railza declarou obedecer ao coração, mesmo infringindo algumas regras, porquanto "o outro precisa de nossa energia vital"...

"Sinto gratidão pelos amigos que tenho", disse Waldelice, acrescentando que eles lhe dão forma para viver. Ela ressaltou contar com as irmãs para todas as necessidades e está disposta aos sacrifícios junto aos amigos, servindo a qualquer um que precise, sem esperar retribuição.

E Marilda explicou que, quando adotamos um amigo, levamos junto tudo que ele tem, "para o aprendizado da tolerância". Em seguida ela contou o caso de uma de suas irmãs, que a marcou muito pelo nível de exigência, o qual ela pode atender malgrado as dificuldades relacionais.

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