É, agora só em março de 2013... Neste sábado, 8 de dezembro, feriado em Salvador, tivemos nossa última reunião do ano, marcada pela realização da avaliação proposta no encontro anterior. Comparecerem Fernanda (que teve de pouco depois para outra reunião), Valquíria, Egnaldo, Fernando, Quito, Marilda, Jaciara, Iva, Railza, Isabel e Lígia, além dos coordenadores Maria Luiza e Francisco. Depois de esclarecer que as duas primeiras questões é que seriam abordadas, deixando a terceira ("O que o Cristo espera de mim?") para reflexão do Grupo durante o recesso. Desse modo, em março, quando acontece a retomada das atividades, poderemos ter uma ideia a esse respeito.
Franqueada a palavra,
Fernanda, precisava ausentar-se, iniciou a avaliação dizendo que desde o ano passado as atividades extraordinárias interferem no funcionamento do "Jesus de Nazaré", ressaltando ser preciso levar essa questão ao conhecimento da Diretoria da Cobem. Quanto ao "balanço do ano", ela julgou bastante proveitoso, agradecendo ao Grupo a oportunidade do aprendizado, embora reconheça que poderia ter avançado mais "em algumas coisas", mas "o saldo é positivo". Assim sendo, "meu compromisso será mantido: o que a banda toca eu danço", salientou, ressaltando porém que tem suas preferências quanto aos assuntos abordados, "mas elas não preponderam sobre o grupo".
Waldelice também concordou em renovar sua permanência no Grupo por mais um ano, afirmando que o "Jesus de Nazaré" é um símbolo no qual se espelha para seguir em frente: "Sei que, com ele, estou amparada em minhas dificuldades. No tocante às interrupções sofridas ao longo do ano, ela comentou que "nossa fala ainda não tocou o coração das pessoas", ponderando que tais pessoas trabalham, têm família e só encontram condições para se reunirem nesse dia (aos sábados); a companheira asseverou, porém, que são muitas reuniões e por isso "precisamos rever essa questão", especialmente quanto ao horário das reuniões dos outros setores da Casa, para não haver prejuízo ao Grupo, até mesmo enviando um abaixo-assinado à Diretoria.
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"A reciclagem é necessária aos trabalhadores da Casa, em todos os setores", disse
Valquíria, comentando os empecilhos do Grupo este ano; para ela, a reivindicação do "Jesus de Nazaré" deve ser no sentido de as reuniões paralelas sejam programadas para as 9h30, respeitando-se a existência e funcionamento do Grupo. "Não me senti bem este ano", disse ela, acrescentando que "praticamente não frequentei o grupo" tendo que se ausentar tantas vezes.
"Vou continuar comprometida", falou
Isabel por sua vez, disposta a fazer tudo que já faz no Grupo, aceitando as metodologias e as mudanças, "pois me adapto". Independentemente das reuniões que afetam o "Jesus de Nazaré" ela disse ser importante saber de cada um o que motiva as faltas aos encontros semanais; as enfermidades foram algo atípico este ano, observou, junto com a notada desmobilização: "Precisamos analisar essa questão; o grupo ficou pequeno", disse, reparando que a Espiritualidade dará, durante o período de recesso, a luz e a ajuda necessárias à Coordenação, sobre a qual teceu elogios.
Quito falou da necessidade de se manter a identidade do Grupo, bem como sua renovação: "Este grupo precisa se manter vivo, trazendo pessoas de outros grupos da Casa que já tenham cumprido os requisitos básicos". Essa atração, disse ele, pode ser feita através de conversas com os coordenadores desses outros grupos. Por seu turno,
Egnaldo também renovou seu compromisso e propôs uma "redinamização" no "Jesus de Nazaré", acrescentando ser sagrado o horário de funcionamento do Grupo.
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Devido a suas atividades de avó necessitada de se dividir entre Salvador, Feira de Santana e Brasília,
Carminha também considerou atípico o ano que se finda, mas afirmou precisar da energia do Grupo, para que possa despertar para a realização de outros trabalhos. Segundo ela, todos os coordenadores dos vários setores da Casa deveriam participar do "Jesus de Nazaré", "onde aprenderiam a mais se conhecerem e não ditar regras para os outros", os quais muitas ainda não despertaram para a Verdade. Ela, portanto, renova seu compromisso para o próximo ano porque o "Jesus de Nazaré", conforme disse, "vai aos poucos tirando a venda de nossos olhos". Mas espera não precisar faltar tanto. Ela também gostou do método aplicado este ano, "que faz a gente ter outras visões" acerca dos assuntos estudados. Quanto ao outro ponto avaliado, ela se perguntou como conciliar interesses e abordou a questão do horário, apontando, por outro lado, que os impedimentos foram mais nossos que aqueles provocados pela Diretoria da Cobem.
Também
Iva acusou a necessidade de se afastar, em alguns momentos, por conta dos cuidados com a saúde física,mas disse estar sempre presente pelas vibrações que fazia nos dias de reunião do Grupo. Ela disse aprender com os depoimentos dos companheiros e com as próprias limitações, e assim tem se renovado, embora "debaixo de muita dor". E antes de ler uma bela mensagem enfocando a solidariedade e o cultivo das virtudes para a harmonização entre as criaturas, ela considerou que o horário de funcionamento deve ser mantido, além do que é preciso observar nossa vinculação com a Diretoria da Casa.
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Jaciara reputou satisfatório o funcionamento do Grupo este ano, embora ela mesma, conforme frisou, tivesse problemas com a frequência, "por vários motivos", não sendo igualmente pontual. Segundo disse, estar presente e participante é questão de escolha "e as pessoas ao lado precisam entender meu compromisso", disse, referindo-se aos familiares. "No entanto, fiquei acomodada", observou, revelando que, nesse sentido, a metodologia adotada não ajudou muito, porque "não me senti obrigada a fazer pesquisas; a Coordenação deveria me estimular a isso..." No mais, ela reparou que só está no "Jesus de Nazaré" quem faz parte desta família. Quanto às reuniões paralelas, ela observou que, embora não trabalhe na Casa, as outras atividades são outras e por isso deveríamos cumprir nosso horário antes de atendermos a outros compromissos, uma vez que a saída intempestiva, em meio ao desenvolvimento de uma atividade considerada importante, quebra a harmonia do estudo.
"Gostei muito, este ano, que a Coordenação tenha escolhido essa metodologia", afirmou
Railza, ressaltando que, ao contrário de Jaciara, "não preciso de cabresto, mas me senti confortável" por não precisar consultar o livro a todo momento; no entanto disse não poder criticar por não ter contribuído muito "para fazer diferente". Segundo ela, quando nos impedimos de participar das atividades, levando-as até o fim, desrespeitamos os mentores espirituais; nesse sentido, "a Casa pecou este ano colocando reuniões no horário de funcionamento do Grupo, mas o mais forte é o desrespeito aos mentores!" Ela disse ainda que é muita pretensão nossa querer que o horário do "Jesus de Nazaré" seja mudado para que nossas necessidades sejam atendidas: "Eu é que tenho de me adequar a ele, porque quem precisa dele sou eu!" Sobre a não permanência de novos integrantes (este ano, os três postulantes não "aguentaram" um semestre!), Railza considerou que muitos dos que vêm não querem mostrar a face; querem muitas vezes um passe e ficam na superfície... Quanto às razões dos impedimentos, para ela as doenças são algo natural e não constituem exatamente uma barreira intransponível. Em verdade, disse, nós "somos pessoas muito privilegiadas (referindo-se a Carminha) e na medida do possível fazemos nossa parte". Ela também parabenizou a Coordenação "por carregar esse fardo nas costas", observando que num certo período o "Jesus de Nazaré" havia se transformado numa "metamorfose ambulante", mas agora está voltando a sua natureza de origem, como grupo teórico-vivencial, no qual em certo momentos "muitas pessoas abrem o coração e rasgam sua alma e nós damos a sustentação". Médium atuante na Casa, ela confessou que muitas vezes viu momentos sublimes da ação dos Espíritos durante as atividades, "mas não posso dizer, para não alimentar fantasias".
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Marilda declarou que sua opção pelo grupo deveu-se ao horário das atividades; disse também que sentiu um forte impacto ("um choque") ao perceber o que era o "Jesus de Nazaré" e por isso pensou várias vezes em desistir. "Mas comecei a perceber que me encaixei" ao identifica-se com as propostas de aprofundamento das questões íntimas de cada um pelo estudo e vivência dos postulados evangélicos em conformidade com a Doutrina dos Espíritos. Segundo ela, "senti-me amparada quando ouvi aqui que os apóstolos de Jesus não foram escolhidos pela perfeição - e tomei isso para mim". Por essa razão, disse, "tenho que me melhorar nesse processo; quando falava de mim, era como um banho que tirasse minhas impurezas..." Ela afirmou ainda que precisa ter mais tempo para o estudo, o que não aconteceu neste ano: "Espero estar aqui no ano que vem, pois preciso desse suporte teórico e já me sinto integrada ao grupo".
Por último, a palavra coube a
Lígia, que também revelou precisar, ainda, do Grupo em seu trabalho íntimo de aperfeiçoamento espiritual, ressaltando que só pode se dedicar às atividades de estudo na Casa no horário do "Jesus de Nazaré", que é o único grupo de estudo que funciona nas manhãs de sábado na Cobem. "Não posso dar prioridade a outras funções na Casa", disse a companheira, esclarecendo que só tem recebido do Grupo e por isso "peço perdão". Segundo ela, que atua profissionalmente como psicóloga, "aqui é recurso terapêutico que colabora para minha formação profissional". É o "Jesus de Nazaré" que lhe dá o suporte de que necessita para experimentar o necessário equilíbrio, disse ela, considerando que, embora não fale muito durante as atividades semanais, precisa estar constantemente presente. "Futuramente espero contribuir mais e melhor", afirmou, ressaltando que, no tocante à questão envolvendo as reivindicações à Diretoria da Cobem, o "Jesus de Nazaré" é um grupo consolidado, que ajuda a aprimorar as pessoas trabalhadoras da Casa que atuam nos setores do Atendimento Fraterno e das reuniões mediúnicas.