domingo, 18 de novembro de 2012

Um tal nascimento...

Marilda, Isabel, Fernando (que saiu minutos depois de iniciada a atividade, para uma reunião em outro setor da Cobem), Carminha, Railza, Fernanda, Marilene e Iva, mais os coordenadores Francisco e Maria Luiza, compareceram à reunião do sábado 17 de novembro, constatando a redução, quase evasão, numérica do "Jesus de Nazaré". Nesse encontro, quando o coordenador Francisco chegou com um minuto de atraso, o começo foi inusitado: antes da leitura do tópico dos Subsídios do EADE correspondente ao tema do trabalho, houve um momento para descontração em que se recitou um poema e foram contadas anedotas sobre a morte, por provocação de um comentário de Marilene - "Nunca estou presente quando vocês falam sobre a morte!", disse ela, referindo-se ao assunto abordado no sábado anterior - e da confissão de Carminha: "Tenho a impressão de que estou perto de morrer!..."
O tema do encontro deveria versar sobre o nascimento de Jesus e sua ressurreição, mas ficamos mesmo com a primeira parte, oportunidade para considerarmos a atual reencarnação, quando Fernanda indagou quanto à necessidade da encarnação para os espíritos, fazendo com que recorrêssemos a O Evangelho Segundo o Espiritismo para observássemos as palavras do Espírito São Luiz ao final do quarto capítulo. A esse respeito, Carminha comentou nossa condição inferior que não nos permite utilizar o livre-arbítrio com sabedoria, levando-nos a concluir que essa liberdade também não é absoluta.
Segundo Marilda, o (re)nascimento na carne é oportunidade para recomeçar; para ela, as escolhas são feitas antes do mergulho na matéria, assim, se não há perseverança de nossa parte, elas terminam por não se concretizarem. Iva, tomando a palavra, declarou ser o nascimento ocasião para a renovação espiritual, o que Marilene contestou dizendo que essa renovação não era garantida, embora a oportunidade: "Posso ter os recursos para isso e não aproveitá-los; renovação significa por em prática pelo aprendizado".
Railza confidenciou que teve vontade de "voltar" desde que estava no ventre materno, o que se evidenciou até mesmo pelas dificuldades que sua mãe enfrentou durante o parto; depois reconheceu, pela trajetória de sua vida, que tinha uma tarefa a cumprir em relação à família, apesar do estigma da asma. Luiza aproveitou a deixa para comentar sua preocupação com essa doença, que acometeu alguns de seus filhos, especialmente uma das meninas adotadas.
Isabel fez uma louvação a Railza, comentando o potencial de renúncia e devotamento da companheira, enquanto Marilene recordou que teve asma na infância até o período próprio para assumir a encarnação. Iva, que disse ter nascido numa véspera de São João, ressaltou que a experiência religiosa inicial não lhe foi satisfatória e que a a consciência espiritual só aflorou quando conheceu a Doutrina Espírita, na Cobem, realizando seu aprendizado no Grupo Jesus de Nazaré. Segundo ela, "a toda hora estamos nascendo..."
Luiza frisou a existência de compromissos espirituais entre pais e filhos, citando o exemplo de seu irmão, apaixonado pelo filho com síndrome de Down. Marilda também relacionou a dicotomia infância X doença em sua experiência de vida, contando que um dia, em menina, acordou sem falar direito e sem andar, justamente na época em que deveria iniciar a fase escolar, coisa que ocupava seus sonhos infantis; os pais, na tentativa de curá-la, levaram-na a terreiros de umbanda e candomblé, além de templos católicos, sempre em vão; certa vez a menina ouviu alguém dizer a expressão "Deus é mais" e essa frase lhe deu um ânimo diferente, a ela, a quem os médicos haviam desenganado, prognosticando-lhe uma vida vegetativa, mas essa enfermidade só durou sete anos!...
Também Francisco relatou um episódio correlato de sua infância, quando teve epilepsia dos 10 aos 17 anos, e Isabel recordou-se de uma infância marcada por complicações de saúde, memória essa associada ao prazer alimentar, pois lhe serviam comidas bastante saborosas; ela reparou ainda que sua filha também apresentou, quando pequena, a mesma história, fazendo-nos considerar que as provas expiacionais costumam marcar os períodos iniciais do (re)nascimento...

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